2007-04-24 13:05:59

O desenvolvimento exige a promoção e defesa da dignidade da mulher: uma prioridade apontada na UNESCO pelo representante da Santa Sé


(24/4/2007) A Santa Sé está certa de que uma das prioridades actuais para promover o autêntico desenvolvimento passa pela promoção da dignidade da mulher. Foi o que salientou D. Francisco Follo, observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (UNESCO), ao tomar a palavra perante o seu Conselho Executivo sobre as estratégias que esta instituição se propõe, de 2008 a 2013. O prelado apresentou como prioridade para essa instituição «a promoção real da dignidade das mulheres e da sua participação responsável na vida social, em todos os níveis». O representante da Santa Sé recordou que Bento XVI, na sua mensagem por ocasião da Jornada Mundial da Paz de 2007, mostrou a influência que hoje em dia têm as desigualdades entre homens e mulheres nos conflitos sociais em todo o mundo. «Na origem de frequentes tensões que ameaçam a paz, encontram-se certamente muitas desigualdades injustas que existem no mundo. Entre elas, são particularmente insidiosas, por um lado, as desigualdades no acesso a bens essenciais como a comida, a água, a casa ou a saúde; por outro, as persistentes desigualdades entre homem e mulher no exercício dos direitos humanos fundamentais», denunciava o pontífice. Por isso - salientou o representante da Santa Sé - «a insuficiente consideração da condição feminina provoca também factores de instabilidade na ordem social». «Não se pode cair na ilusão de que a paz está assegurada enquanto não se superarem também estas formas de discriminação, que dilaceram a dignidade pessoal inscrita pelo Criador em cada ser humano», acrescentou. O prelado insistiu «no papel activo da mulher no desenvolvimento social». A Santa Sé, disse, «reconhece seu papel incomparável na formação humana da juventude e no sistema macro-económico, o seu apego aos valores humanos e morais que transmitem também às novas gerações, a protecção da vida, a sua atenção pela paz e a solidariedade fraterna, o cuidado pelas pessoas idosas e doentes, o cuidado da sua família e filhos, o seu sentido de interioridade». «Graças às mulheres, cuja actividade com frequência humilde e escondida deve ser apoiada -- assegurou --, a família poderá ser mais promovida como célula fundamental da sociedade, os jovens aprenderão a integrar-se melhor nos tecidos sociais, a paz será buscada mais intensamente, o diálogo e as relações humanas serão convertidos em factores de fraternidade e solidariedade.» Em definitivo, disse, «toda a sociedade receberá benefícios da própria vocação, da acção e do génio feminino».








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