2007-04-24 11:26:36

"Deus caritas est": junto ao túmulo de Santo Agostinho Papa confia "à Igreja e ao mundo" a mensagem da sua Encíclica


23/4/2007) Quase a concluir a visita pastoral a Pavia, na homilia pronunciada junto do túmulo de Santo Agostinho, Bento XVI explicou o sentido desta sua “peregrinação”: venerar os restos mortais de um dos maiores “Padres” da Igreja. E isso “para exprimir a homenagem de toda a Igreja católica” e também a sua “devoção e reconhecimento pessoal para com aquele que teve uma parte tão importante” na sua “vida de teólogo e de pastor, mas, antes ainda, de homem e de padre”.
Comentando a Leitura breve de Vésperas, em que o autor da Carta aos Hebreus fala de Cristo como “sumo e eterno Sacerdote, exaltado na glória do Pai depois de se ter oferecido a si próprio como único e perfeito sacrifício da nova Aliança”, observou o Papa: “Santo Agostinho fixou o seu olhar sobre este mistério, nele encontrando a verdade que tanto procurava: Jesus Cristo, Verbo incarnado, Cordeiro imolado e ressuscitado, é a revelação do rosto de Deus Amor a cada ser humano”.
Comentando a frase do apóstolo João - “Nisto está o amor: não fomos nós a amar a Deus, foi Ele que nos amou e mandou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados”, prosseguiu Bento XVI: “Aqui está o coração do Evangelho, o núcleo central do Cristianismo. Foi a luz deste amor que abriu os olhos de Agostinho, fazendo-o encontrar a beleza antiga e sempre nova, na qual encontra finalmente paz o coração do homem”.
E foi neste contexto que o Papa – em declaração solene - quis confiar de novo “à Igreja e ao mundo” a Encíclica publicada no ano passado:
“Aqui, perante o túmulo de Santo Agostinho, quereria entregar de novo idealmente à Igreja e ao mundo a minha primeira Encíclica, que contém precisamente esta mensagem central do Evangelho: Deus caritas est, Deus é amor. Esta Encíclica, sobretudo a primeira parte, é largamente devedora ao pensamento de Santo Agostinho, que foi um enamorado do Amor de Deus, e o cantou, meditou, pregou em todos os seus escritos, e sobretudo o testemunho no seu ministério pastoral.
“Na linha dos ensinamentos do Concílio Vaticano II e dos meus venerados Predecessores João XXIII, Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, tenho a convicção de que a humanidade contemporânea tem necessidade desta mensagem essencial, incarnada em Cristo Jesus: Deus é amor. É daqui que tudo deve partir, e é aqui que tudo deve conduzir: cada acção pastoral, cada tratado teológico. Como diz São Paulo: Se não tivesse a caridade, nada me aproveita: sem o amor, perdem sentido e valor todos os carismas. É precisamente graças ao amor que todos concorrem a edificar o Corpo místico de Cristo.”








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