Vinte cinco milhões de desalojados em consequência de conflitos armados
(17/4/2007) Já são quase 25 milhões, tendo aumentado quatro milhões no ano passado.
Falamos de desalojados em consequência de conflitos armados. Os números do Conselho
Norueguês para os Refugiados saíram na véspera da realização de uma reunião especial
para debater a situação no Iraque. Os países com mais desalojados, originados
por conflitos, são o Sudão, a Colômbia, Iraque, Uganda e República Democrática do
Congo (RDCongo), seguidos pela Turquia, Birmânia e Índia. A região do Médio Oriente
é particularmente afectada por este incremento de desalojados, nomeadamente devido
aos confrontos entre Israel e a milícia radical islâmica do Hezbollah no Líbano, assim
como pelo agravamento da situação no Iraque, que tem já 1,9 milhões de desalojados.
A situação de violência que se vive neste país é, segundo peritos do CNR, uma das
causas do número de desalojados no Médio Oriente.O representante do Conselho Norueguês
para os Refugiados informou que em finais de 2006 havia em todo o mundo 25 milhões
de desalojados, um número que é “duas vezes o número de refugiados que cruzaram fronteiras
e são susceptíveis de receber assistência e protecção de acordo com a Convenção de
Refugiados de 1951”. As pessoas afectadas no Iraque por esta situação desde Fevereiro
de 2006 são mais de 750 mil, de acordo com a instituição norueguesa, que disse ainda
que estas “precisam de alimentos ou têm um acesso muito limitado a eles, assim como
a trabalho, sistema sanitário, escolas e refúgio, e estão expostas a altos níveis
de violência”. Este estudo, que incide principalmente no Iraque, é divulgado na véspera
da realização de uma reunião especial para debater a situação no Iraque, organizada
pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), hoje e amanhã, em Genebra.
Foram ainda referidos os conflitos na Colômbia ou em Darfur (Sudão), que contribuem
também para o aumento destes números. O documento destaca ainda as reformas no sistema
humanitário internacional, que melhoraram as respostas dos vários países aos pedidos
de ajuda, e alerta para a necessidade de dar resposta a estes apelos, resolvendo estas
situações que são, na sua maioria, de carácter político.