Papa exalta o valor da música como caminho para Deus
(17/4/2007) “Considerando a minha vida passada, dou graças a Deus por ter posto ao
meu lado a música, quase como uma companheira de viagem”, que “sempre me foi dando
conforto e alegria”. Um atestado do permanente amor pela arte dos sons, nas palavras
pronunciadas por Bento XVI no final do concerto que, em sua honra, lhe foi oferecido,
no dia dos seus oitenta anos, pela Orquestra da Rádio de Estugarda, dirigida pelo
maestro venezuelano Gustavo Dudamel. “Faço votos de que a grandeza e a beleza da música
possam dar, também a vós, caros amigos, nova e contínua inspiração para construir
um mundo de amor, de solidariedade e de paz” – acrescentou o Papa Ratzinger, que fez
questão de agradecer as pessoas que, desde tenra infância, o “aproximaram deste fonte
de inspiração e de serenidade”. Um agradecimento que estendeu, em geral, a “todos
os que unem música e oração no louvor harmonioso de Deus e das suas obras”. O concerto,
na Sala Paulo VI, do Vaticano, incluiu composições de Giovanni Gabrieli e Mozart (concerto
n. 3 para violino e orquestra) e a Sinfonia do Novo Mundo, de Antonin Dvorak.a Bento
XVI afirmou ainda a sua “convicção de que a música – como a do grande Mozart e de
muitos outros compositores – é verdadeiramente a linguagem universal da beleza, capaz
de unir entre si os homens de boa vontade, em toda a terra, e de os conduzir a elevar
o olhar para o Alto, abrindo-se ao Bem e ao Belo absolutos, que têm a sua origem última
no próprio Deus”. Falando da universalidade da música, o Papa sublinhou que esta sua
difusão se acentua ainda mais hoje em dia, graças aos instrumentos electrónicos e
digitais da comunicação. Bento XVI agradeceu em alemão o primeiro-ministro do Estado
federal do Baden-Wurtenberg, recordando o período da sua docência na Universidade
de Tubinga, o director geral da Rádio do Sudoeste. Nos seus agradecimentos, o Papa
não esqueceu o maestro Dudamel e a solista de violino, Hilary Hahn.