ISRAEL RECORDA SEUS FILHOS MORTOS NA II GUERRA MUNDIAL
erusalém, 16 abr (RV) - Às 10h (hora local) as sirenes soaram em Israel, e
todas as atividades do país foram suspensas por dois minutos: pedestres pararam nas
calçadas, ônibus e carros pararam o tráfego, em homenagem às vítimas do Holocausto.
O ato é uma tradição anual, para marcar a data em memória das vítimas da II Guerra
Mundial (1939-1945), que teve início neste domingo e dura até a noite de hoje. Durante
o dia, redes de TV locais dedicam grande parte de sua programação a documentários
sobre o Holocausto, além de entrevistas com sobreviventes da guerra.
A celebração
deste domingo quase causou um incidente diplomático entre Israel e o Vaticano, depois
que o núncio apostólico, Dom Antonio Franco, que participaria do ato, anunciou que
boicotaria a celebração, devido a uma legenda do museu que descreve a conduta do papa
Pio XII.
No entanto, horas antes da cerimônia, Dom Antonio Franco voltou atrás
e disse que estaria presente.
Israel e o Vaticano estabeleceram relações diplomáticas
em 1993.
A legenda questionada pela Igreja aparece ao lado da figura de Pio
XII e afirma que, "embora relatos de assassinatos de judeus tenham chegado ao Vaticano,
o Papa não protestou, recusando-se a assinar, em 1942, um documento que condenava
o massacre contra judeus".
A porta-voz do museu Yad Vashem, Iris Rosenberg,
elogiou a decisão do núncio apostólico, de voltar atrás em sua posição e de participar
da cerimônia, afirmando que isso era "a coisa certa a se fazer". "O Yad Vashem acredita
que é inadequado relacionar uma pesquisa histórica com a homenagem às vítimas do Holocausto"
_ disse ela. (PL)