(17/4/2007) A confederação internacional da Cáritas, "Caritas Internationalis" (CI),
considera que a crise dos refugiados iraquianos poderá desestabilizar toda a região.
Os quase dois milhões de pessoas em fuga colocam o desafio de encontrar soluções políticas
para a situação. O presidente da CI, Denis Viénot, marcará presença na conferência
promovida pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que decorre
em Genebra nesta terça e quarta feira. No encontro pretende-se encontrar soluções
para a tragédia humana no Iraque. Segundo o responsável pela secção da CI para
o Médio Oriente, Sebastien Dechamps, países como a Síria, Jordânia, Turquia, Líbano
e Egipto não podem sustentar "indefinidamente" o fardo social e económico representado
pelos 2 milhões de refugiados iraquianos: "A comunidade internacional tem de assumir
as suas responsabilidades e ajudar estas pessoas que fogem da violência, da guerra
e do desespero", aponta. A Cáritas está no terreno, a ajudar os refugiados, mas
adverte que a situação é "insustentável", dado que poucos iraquianos acabam por obter
o estatuto legal de refugiados.