2007-04-13 13:29:57

"Jesus de Nazaré", o novo livro de Bento XVI, será apresentado esta tarde


(13/4/2007) Na tarde desta sexta feira, na Aula do Sínodo no Vaticano será apresentado o novo livro de Bento XVI, "Jesus de Nazaré", que chegará às livrarias na próxima segunda feira dia 16 de Abril, com edição em italiano, alemã, e polaco.
A obra, como é natural, está rodeada por uma grande expectativa, não fosse o actual Papa um dos mais respeitados teólogos da Igreja Católica neste último meio século. O "seu" Jesus passa agora para um livro, trabalho que Joseph Ratzinger desenvolve desde 2003, ainda antes da sua eleição, tendo como objectivo superar a separação entre "o Cristo da fé e o Jesus histórico".
No prefácio deste volume, já divulgado, o Papa diz que o livro não é, em absoluto, uma obra magisterial, mas unicamente a expressão da sua pesquisa pessoal do rosto do Senhor. Por isso, assegura Bento XVI, o objectivo é "tentar apresentar o Jesus dos Evangelhos como o verdadeiro Jesus, como o Jesus histórico no verdadeiro sentido da expressão".
"O ensinamento de Jesus não provém de uma aprendizagem humana, qualquer que seja. Vem do contacto imediato com o Pai, do diálogo cara a cara, do ver aquilo que está no seio do Pai. É palavra de Filho. Sem este fundamento interior, seria temeridade", escreve.
O interesse pela história real de Jesus de Nazaré impulsionou, nos últimos séculos, quase todos os especialistas, crentes e não crentes, adentrar - se, com diferentes perspectivas e instrumentos, nos difíceis campos da história de Jesus que, de maneira tão singular, marcou a nossa época.
Bento XVI cita autores da sua juventude, os quais publicaram textos em que a imagem de Jesus "é delineada a partir dos Evangelhos: como Ele viveu na Terra e como, apesar de ser inteiramente homem, trouxe ao mesmo tempo Deus aos homens, com o qual, enquanto Filho, era uma só coisa".
"Assim - explica o Papa - através do homem Jesus, torna-se visível Deus e, a partir de Deus, pode ver-se a imagem do homem justo".
A obra lembra que, na investigação recente, "o fosso entre o Jesus histórico e o Cristo da Fé se torna cada vez maior". "Os progressos da pesquisa histórico-crítica conduziram a distinções, cada vez mais subtis, entre os diversos estratos da tradição", assinala o Papa, "e a figura de Jesus, sobre a qual se apoia fé, torna-se cada vez mais incerta, toma contornos cada vez menos definidos".








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