Nações Unidas assinalam Dia Mundial da saúde com apelo a um maior investimento: a
África é onde menos se investe.
(7/4/2007) A África é o continente onde menos se investe na Saúde, sendo que na Tanzânia
e no Malawi existem apenas dois médicos por cada cem mil habitantes. O alerta é da
ONU, que hoje assinala o Dia Mundial da Saúde, sob o lema "Investir em saúde para
um futuro mais seguro".Segundo as Nações Unidas, 28 dos últimos 31 lugares da lista
de países com maiores gastos públicos na Saúde e cuidados médicos - que abrange 177
nações - são ocupados por países africanos. A República Democrática do Congo e o Burundi
são os que menos investem, canalizando para a Saúde apenas 0,7% do seu Produto Interno
Bruto (PIB - riqueza criada no país). Na África sub-sariana, a Etiópia dispensa 3,3%
do PIB para a Saúde, Djibuti investe 3,8% e o Lesoto 4,1%. A Namíbia fica-se pelos
4,5%.Em contrapartida, os países da Europa são os que mais gastam em cuidados médicos,
com a Noruega à cabeça, dedicando 8,6% do PIB à Saúde. Entre os maiores investidores
surgem ainda a Alemanha, o Reino Unido, a Grécia e a Itália.Quanto aos EUA, onde a
ONU tem a sua sede, não são avançados números, referindo-se apenas que o país dispõe
de vários programas que, apesar de não cobrir todos os gastos públicos com a saúde,
ajudam a suprimir carências de crianças e idosos.A análise das Nações Unidas aponta
Cuba como o país com mais médicos (591 por 100 mil habitantes), enquanto na Europa,
na Argentina e no Uruguai a média é de 300 a 400 médicos, e nos EUA é de 256.No que
toca ao índice de Gastos Públicos na Saúde, a Indonésia é o país asiático que destina
mais dinheiro (4,5% do PIB), estando a China do lado oposto (2,41%). Com 6,42% do
PIB alocado à Saúde, a República Dominicana lidera a América Latina, enquanto a Costa
Rica é o país da região que menos investe (1,8%). Considerando que o mundo investe
pouco na área da saúde, a ONU aproveitou a divulgação do estudo para apelar aos governos
mundiais para a necessidade de aumentarem o investimento em cuidados médicos, tendo
a Organização Mundial de Saúde defendido a realização de uma campanha de sensibilização
sob o lema «Investe na Saúde, Constrói um Futuro Mais Seguro