2007-04-04 13:06:13

Igreja Católica em Angola apela á dignificação da pessoa humana


(4/4/2007) Nas comemorações dos cinco anos de Paz em Angola, A Igreja Católica reforça a necessidade da dignificação da vida dos angolanos,  respeitando a liberdade, a igualdade e os direitos humanos.
Numa nota tornada pública esta terça-feira e reflectindo estas vertentes, a Comissão Episcopal de Justiça e Paz da CEAST , ressalta, à propósito,  que «na celebração dos cinco anos da Paz, a Igreja, qual sentinela da Humanidade, quer chamar a atenção para a necessidade de nós, em Angola, irmos criando uma mentalidade que dignifique mais a vida Humana»
VIDA
Segundo o documento que reflecte também o dia da reconciliação assinalado no IV domingo da Quaresma, a dignificação da vida humana passa por «dar a cada um o indispensável para viver; procurando fazer com que as receitas provenientes dos recursos naturais e não só, sirvam para o bem de todos; rejeitando as influências externas quanto a políticas abortivas e fazendo um plano sério de desarmamento da população civil antes das próximas eleições», lê-se no documento.
 LIBERDADE
De acordo com a nota «a liberdade é recordar a todos que ela é uma das quatros colunas da Paz, juntamente com a justiça, com a verdade e com o amor».
«A construção de uma sociedade pluralista que se pretende democrática e de direito, não será alcançada sem a necessária valorização da liberdade de expressão, que é, afinal um apanágio da democracia. A liberdade de expressão, utilizada para fazer o bem, é um grande pilar da Paz e da Democracia, evita os ressentimentos e faz com que cada possa contribuir com as suas ideias para o progresso do país. Travar a liberdade é igual a opressão».
 UNIDADE E IGUALDADE
A CEAST por várias vezes «alertou para o perigo que representam as assimetrias entre a cidade e o campo, entre as capitais de província e o interior». A Paz e a reconciliação passam pela busca do equilíbrio nas políticas de desenvolvimento. «Passados cinco anos do histórico 4 de Abril de 2002, a maioria dos angolanos não pressente os benefícios da Paz na sua vida diária. «A fome, a falta de medicamentos, o analfabetismo galopante e o obscurantismo causador de mortes de pessoas indefesas (velhos e crianças acusados de feiticeiros), a intolerância política (porque há activistas de partidos que são analfabetos em democracia) devem ser ultrapassados com o trabalho e com políticas inclusivas, conscientes de que os Direitos implicam também os deveres»
 NÃO HÁ PAZ SEM O RESPEITO PELOS DIREITOS HUMANOS
Na nota, a Comissão Episcopal faz uma introspecção à mensagem do Papa Bento VXI alusiva ao dia mundial da Paz, sob o título «a pessoa humana, coração da Paz», onde o Santo Padre recorda que «não há Paz sem o respeito pelos direitos humanos».
 Nessa mensagem o Papa lembra que «a pessoa Humana, no nosso caso, o Angolano, ele mesmo é um dom e tem uma missão primária a cumprir: construir a Paz».
A nota da Comissão Episcopal de Justiça e Paz da CEAST, é alusiva ao dia da Reconciliação Nacional que na Igreja Católica foi assinalado no quarto domingo da Quaresma, este ano comemorado também a 4 de Abril, o dia da Paz.
(texto integral em "Igreja")







All the contents on this site are copyrighted ©.