2007-03-31 18:05:57

NA ECONOMIA, NÃO CONTA APENAS SER PRODUTIVOS E COMPETITIVOS. É NECESSÁRIO SER TESTEMUNHAS DA CARIDADE


Cidade do Vaticano, 30 mar (RV) - Neste tempo de grandes transformações no campo da economia, "não conta somente tornar-se mais "competitivos" e "produtivos"; é necessário ser "testemunhas da caridade"": é o que afirma o papa, numa mensagem enviada ao Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Stanislaw Rylko.

O organismo vaticano está realizando, na localidade de Rocca di Papa, nas proximidades de Roma, o IX Fórum Internacional dos Jovens, com o tema "Testemunhas de Cristo no mundo do trabalho". Participam do evento mais de 300 jovens delegados de conferências episcopais e de vários movimentos e associações internacionais provenientes do mundo inteiro.

Na mensagem, o Santo Padre ressalta que, se, por um lado, os progressos alcançados nesta época de grandes transformações "suscitaram novas esperanças nos jovens, por outro lado, criaram neles, formas preocupantes de marginalização e de exploração, com crescentes situações de dificuldades pessoais".

De fato, "aumentaram as dificuldades de se encontrar um trabalho que responda às aptidões pessoais e aos estudos feitos, com o agravamento da incerteza acerca da possibilidade de poder, depois, de conseguir manter, até mesmo um modesto emprego".

"O processo de globalização em andamento no mundo _ prossegue o pontífice _ trouxe consigo uma exigência de mobilidade que obriga numerosos jovens a emigrar e a viver distante do país de origem e da própria família."

"E isso _ acrescenta _ gera, em muitos, um inquietante sentimento de insegurança, com indubitáveis repercussões sobre a capacidade, não somente de imaginar e de fazer um projeto para o futuro, mas até mesmo de comprometer-se concretamente no matrimônio e na formação de uma família."

O papa convida a afrontar esses "complexos e delicados problemas", à luz da Doutrina Social da Igreja, que, com numerosos documentos _ desde a Rerum Novarum, de Leão XIII, publicada em 1891_ tem evocado, "com veemência, a necessidade de valorizar a dimensão humana do trabalho, e de tutelar a dignidade da pessoa", num contexto "de liberalismo econômico condicionado pelas pressões do mercado, pela concorrência e pela competitividade".

De fato _ explica Bento XVI _ "o trabalho entra no projeto de Deus sobre o homem… é participação na sua obra criadora e redentora".

"E, portanto, toda atividade humana deveria ser ocasião e lugar de crescimento dos indivíduos e da sociedade, desenvolvimento dos "talentos" pessoais, que devem ser valorizados e colocados a serviço do bem comum, em espírito de justiça e de solidariedade".

"Não conta somente tornar-se mais "competitivos" e "produtivos" _ ressalta Bento XVI _ é necessário ser testemunhas da caridade." (RL)







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