ARQUIDIOCESE DO MÉXICO ACUSA GRUPOS FEMINISTAS PRÓ-ABORTO
Cidade do México, 28 mar (RV) – A Arquidiocese Primaz do México acusou os grupos
feministas que apóiam a legalização do aborto de serem protagonistas da morte e defensores
do massacre de crianças não-nascidas, e os qualificou de "mata-crianças".
O
diretor da Comunicação Social da Arquidiocese, Hugo Valdemar Romero, criticou os grupos
de mulheres pró-aborto que farão uma manifestação nesta quinta-feira para apoiar o
projeto de lei A ser discutido na Assembléia Legislativa do Distrito Federal no dia
12 de abril.
Segundo o Sistema Informativo da Arquidiocese da Cidade do México,
a manifestação pró-vida realizada domingo passado foi coroada de êxito. "Fizemos uma
marcha pela vida", disse Romero referindo-se à jornada de domingo, quando milhares
de católicos saíram às ruas para rezar e protestar contra a possibilidade de tal lei
ser aprovada. O responsável indicou que os cristãos, de maneira espontânea e não "forçados",
mostraram um rechaço total à legalização do aborto.
Romero destacou que a pretensão
agora dos "grupúsculos feministas" é fazer uma marcha pela morte. "Nós fizemos uma
marcha para defender os não-nascidos, elas vão fazer uma marcha para matar os bebês
e as crianças".
"Encabeçamos nossa peregrinação com a imagem de Nossa Senhora
de Guadalupe que leva em seu ventre a Jesus, elas certamente levarão à frente a Santa
Morte porque são protagonistas da morte, do homicídio, do holocausto do massacre dos
não-nascidos, elas lutam pela carnificina cruel, espantosa, injusta que é o aborto",
defendeu.
Romero assegurou que "longe de defender os direitos da mulher, com
suas ações, estes grupos mostram um complexo de inferioridade terrível e o enorme
ódio que têm pelo seu gênero". E disse ainda: "Uma mulher que ama uma mãe que vai
dar à luz não convida para que mate o seu filho, somente uma mulher que odeia a outra
pode incitar ao assassinato de seu próprio filho. Elas querem que a mulher não aceite
sua maternidade."
Segundo Romero é "muito possível que estas mulheres têm em
seu histórico pessoal um aborto e querem justificar sua ação fazendo com que outras
mulheres cometam o mesmo ato imoral" e chamou de "perverso" ao grupo de Mulheres Católicas
pelo Direito a Decidir.
Para Romero estas "não são católicas e seria melhor
que se chamassem 'mulheres pelo direito de assassinar as crianças', ou as 'mata-crianças',
já que são intolerantes e não entendem que no México a maioria das mulheres pensa
o contrário daquilo que elas estão defendendo". (MZ)