A organização da mulher da Igreja Católica em Angola promove alfabetização nas Dioceses,
Paroquias e Missões
(27/3/2007) Em Angola a promoção da alfabetização nas Dioceses Paróquias e Missões
está no centro das preocupações da PROMAICA, organização da mulher da Igreja Católica. Esta
problemática consta das conclusões saídas da segunda Assembleia Nacional da organização,
que de 22 a 25 de Março discutiu assuntos vários relacionados com a vida da mulher
e de Angola. De acordo com a Promaica, a alfabetização pode mudar o rumo dos acontecimentos
na vida da mulher e de todo o angolano, e mais agora que o país se prepara para novas
eleições. «Devemos procurar os meios, formação e informação para a intervenção activa
de todas as mulheres no processo eleitoral», lê-se nas conclusões. As mulheres
manifestaram também grande apreensão em relação aos níveis atingidos pela violência
doméstica, propondo-se realizar campanhas para a sua redução, ao mesmo tempo que consideram
a pobreza, o desemprego, a prostituição e o alcoolismo os piores males que afectam
a estabilidade da família.
A corrupção na família sobretudo na juventude e
o papel da mulher contra o flagelo, esteve no centro da homília da Missa celebrada
no termo dos trabalhos pelo Núncio Apostólico, D. Ângelo Becciu.
«Sejais a
primeira linha no combate contra a corrupção que alastra na sociedade angolana. Não
permitis que os vossos filhos sejam infectos por uma mentalidade permissiva que justifica
tudo em nome do dinheiro e do sucesso. Sejais activas e colaboradoras neste importante
momento do vosso país». O Núncio Apostólico ressaltou também a importância da
mulher na família e na sociedade destacando a sua força «que nunca vos pode ser tirada,
não a mateis, pelo contrário transformai-vos interiormente para que o fermento da
vossa profunda e segura espiritualidade levede a massa deste país, das famílias expostas
a vários perigos, das crianças não amadas e dos jovens perdidos em mares de todo o
tipo», disse.
Da Assembleia da PROMAICA participaram 26 delegadas de 13 Dioceses,
tendo os trabalhos sido dirigidos pelo Presidente da Cáritas de Angola, o Arcebispo
da Diocese do Huambo, D. José de Queirós Alves coadjuvado pelo Arcebispo do Lubango,
D. Zacarias Kamuenho.