Lisboa, 20 mar (RV) - O arquipélago dos Açores hospedou, no último final de
semana, o 17º Encontro Nacional das Rádios da ARIC (Associação das Rádios de Inspiração
Cristã). A iniciativa procurou promover o debate aberto e o acompanhamento regular
dos problemas, ameaças e oportunidades que a realidade do setor da radiodifusão e
seus agentes enfrentam no seu dia-a-dia.
Joaquim Sousa Queirós, presidente
da ARIC, explicou à agência de notícias, ECCLESIA, que a preocupação desse tipo de
encontros é "refletir sobre a situação do momento, através de uma série de conferências,
de dimensão nacional e local".
O diretor-técnico do Grupo Renascença, Rui Magalhães,
disse que "o futuro da Rádio será digital, só não saberemos quando e como, mas acima
de tudo será de convergência e terá sempre que ser com qualidade".
Para além
da digitalização das emissões e da adoção de novas tecnologias, o futuro da rádio
deverá sempre levar em consideração as premissas quer da convergência (cada vez mais
iremos assistir ao fato de ter acesso às mais diversas mídias num só suporte) quer
da qualidade (o consumidor terá a tendência a ser cada vez mais exigente na hora de
escolher o tipo de produto para equipar ou satisfazer as suas necessidade de informação,
lazer ou entretenimento).
A relação entre mídia e política também esteve em
destaque nesse encontro, com a participação de André Bradford, jornalista de formação,
e atualmente desempenhando a função de assessor para os Assuntos Políticos, do governo
regional dos Açores. "Em política não basta existir, é necessário fazer-se ouvir"
_ disse.
A Associação das Rádios de Inspiração Cristã nasceu em Fátima, no
dia 1º de maio de 1991, para defesa dos "legítimos interesses das rádios associadas".
Atualmente, integram a associação cerca de 70 rádios espalhadas por todo o território
português. (MZ)