2007-03-20 19:52:35

SETENTA ANOS ATRÁS, PIO XI PUBLICAVA DUAS ENCÍCLICAS CONTRA REGIMES TOTALITÁRIOS: COMUNISMO E NAZISMO


Cidade do Vaticano, 19 mar (RV) - Setenta anos atrás, no dia 19 de março de 1937, Pio XI publicava a encíclica "Divini Redemptoris", um documento que denuncia os erros e os delitos do comunismo. Ele "espolia o homem da sua liberdade _ escrevia o pontífice acerca do comunismo _ tira toda a dignidade da pessoa humana e todo freio moral contra o assalto aos estímulos cegos".

Alguns dias antes, no dia 14 daquele mesmo mês, com a "Mit brennender Sorge", o Papa Pio XI deplorava, muito duramente, o comportamento desumano da ideologia nazista.

A Rádio Vaticano entrevistou o historiador Pietro Scoppola, perguntando-lhe qual leitura dar a esses dois documentos:

Pietro Scoppola:- "O papa expressa sua firme condenação aos dois totalitarismos: de um lado o comunismo, com a "Divini Redemptoris", e, de outro, o nazismo, com a "Mit brennender Sorge". Duas encíclicas fortes. Contra o comunismo, talvez, ainda mais nítida e incisiva do que a encíclica contra o nazismo. A condenação de Pio XI é muito significativa e, entre outras coisas, introduz aquela encíclica que jamais foi publicada porque Pio XI morreu antes de emaná-la: a encíclica "Humani Generis Unitas" contra o relativismo alemão. Agora, voltou à luz graças a pesquisas recentes. Foram abertos os arquivos secretos vaticanos e também os documentos sobre o pontificado de Pio XI, até pouco tempo atrás desconhecidos, são agora acessíveis aos estudiosos."

P. Qual foi o impacto dessas duas encíclicas?

Pietro Scoppola:- "Tiveram um grande impacto naqueles âmbitos nos quais puderam chegar, porque não esqueçamos, tanto o regime comunista do socialismo real, como na União Soviética, quanto o nazismo não contemplavam a existência de uma imprensa livre, não havia livre circulação de idéias. Os próprios bispos e os sacerdotes em suas homilias tinham dificuldades, a fim de não provocar reações à notícia. Além disso, na Rússia, havia um clima de perseguição religiosa. Portanto, o impacto das encíclicas foi forte entre as classes dirigentes que puderam ter notícia delas, mas as grandes massas populares tiveram um conhecimento reduzido das mesmas, pela falta de liberdade de circulação das idéias." (RL)







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