BENTO XVI REITERA QUE A IGREJA RESPEITA AS COMPETÊNCIAS DO ESTADO, MAS TEM O DEVER
DE DEFENDER A VERDADE SOBRE O HOMEM
Cidade do Vaticano, 16 mar (RV) - A Igreja, "especialista em humanidade", ensina
que "somente no respeito pela lei moral, que define e protege a dignidade da pessoa
humana, se pode construir a paz" e um "progresso social estável". Foi o que ressaltou
Bento XVI, na audiência ao novo embaixador do Peru junto à Santa Sé, Alfonso Rivero
Monsalve, recebido esta manhã, para a apresentação de suas credenciais.
Bento
XVI reafirmou o compromisso da Igreja a fim de que "todo peruano se sinta respeitado
em seus direitos inalienáveis". Os católicos do Peru "são chamados a ser fermento
da mensagem cristã em suas instituições sociais e na vida pública, para contribuir
desse modo para a construção de uma sociedade mais fraterna" _ foi a exortação do
pontífice.
O Santo Padre falou do fenômeno da globalização que, também no Peru,
"incide diretamente sobre a pessoa e seus valores". Os peruanos _ constatou _ esperam
obter vantagens do crescimento econômico, de modo que a riqueza seja redistribuída
de modo equânime.
O papa convidou os governos e as organizações internacionais
a trabalharem pelo desenvolvimento de todos os povos, na busca do bem comum e em espírito
de autêntica solidariedade.
Em seguida, reafirmou que a Igreja reconhece ao
Estado, sua competência nas questões sociais, políticas e econômicas. Todavia _ prosseguiu
Bento XVI _ ela considera ser seu dever, derivado da sua missão evangelizadora, "a
salvaguarda e a difusão da verdade sobre o ser humano".
O papa ressaltou que
a dignidade da pessoa e da vida, desde a concepção até seu término natural, devem
ser defendidas e protegidas, como, aliás, estabelece também a Constituição peruana.
(RL)