A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA PARA PROMOVER A VIDA: DOCUMENTO CONCLUSIVO DA ASSEMBLÉIA
DA PONTIFÍCIA ACADEMIA PARA A VIDA
Cidade do Vaticano, 17 mar (RV) - "Para que o homem possa ser conduzido pelos
juízos da sua consciência moral e agir sempre para realizar o bem, na verdade, é necessário
que ele cuide com empenho, da contínua formação de sua consciência, alimentando-a
com aqueles valores que correspondem à dignidade da pessoa humana, à justiça e ao
bem comum."
É o que afirma a documento conclusivo da XIII Assembléia Geral
e do Congresso Internacional da Pontifícia Academia para a Vida, realizados no Vaticano,
em fevereiro passado, sobre o tema: "A consciência cristã em ajuda ao direito à vida".
"A
consciência do cristão, em particular _ prossegue o texto _ é iluminada plenamente,
em sua busca do bem, pelo encontro constante com a Palavra de Deus, compreendida e
vivida na comunidade cristã, segundo os ensinamentos do magistério."
"Essa
exigência de contínua formação e aprofundamento da consciência torna-se, hoje, totalmente
evidente, diante da emergência de tantos problemas culturais e sociais que dizem respeito
ao direito à vida no âmbito da família, no assumir tarefas próprias do ser cônjuges
e genitores, nas profissões sanitárias e nas tarefas políticas."
O documento
ressalta o fato que "não podem ser silenciadas as numerosas dificuldades que a consciência
cristã dos fiéis encontra hoje, em seus juízos e em seu percurso formativo, por causa
do contexto cultural no qual a vida dos fiéis se encontra imersa _ um contexto no
qual se experimenta a crise de "autoridade", a perda da fé e, muitas vezes, uma tendência
a refugiar-se em formas de racionalismo extremo".
Outra situação que coloca
à prova a consciência cristã, além da cultural, é constituída pelas normas vigentes,
tanto as codificadas quanto as jurisprudenciais, que, em medida crescente e sob uma
forte pressão de grupos em coalizão e influentes, abriram e estão abrindo uma brecha
danosa, com as descriminalizações.
"Prevêem-se exceções ao direito individual
à vida; legitimam-se sempre mais diversos atentados contra a vida humana, acabando
por desconhecer que a vida é o fundamento de todo outro direito da pessoa, e que o
respeito imperioso à dignidade de todo ser humano é o fundamento da liberdade e da
responsabilidade." (RL)