Lisboa, 15 mar (RV) _ A Igreja Católica em Portugal não dará qualquer contribuição
para a nova legislação sobre a interrupção voluntária da gravidez, que tem sido muito
discutida, alegando que se trata de uma "lei injusta".
"Não nos interessa colaborar
em nada com uma lei que é injusta", mesmo porque, a interrupção voluntária da gravidez
constitui "um desrespeito à dignidade da vida humana" _ afirmou o porta-voz do Episcopado
português, Dom Carlos Azevedo, que não quis comentar as questões concretas da legislação,
embora tenha elogiado o trabalho dos deputados, que tentaram impor um prazo obrigatório
para uma reflexão das mães.
O Conselho Permanente da Conferência Episcopal
Portuguesa, reunido em Fátima, na terça-feira passada, fez um apelo aos movimentos
pró-vida para que se "interessem acima de tudo pela cultura da vida", sob vários aspectos,
e não se atenham apenas à interrupção voluntária da gravidez. (MZ)