2007-03-11 12:34:05

Recusando a ética põe-se em perigo a democracia


(11/3/2007) Se falta a referencia á verdade, a democracia transforma-se em técnica processual, a biotecnologia em fabricação da vida e do homem, e as tecnologias da informação em produção de mundos virtuais, com o risco de formas inéditas de sujeição do homem ao homem.
A denúncia é do Cardeal Renato Martino que interveio num seminário de estudos aqui em Roma.
Verdade, liberdade, solidariedade e sentido de sacrifício – salientou – são os valores que tornaram possível, após a segunda guerra mundial, a construção europeia, desejada pelos “pais” fundadores para a pacificação do Continente, e é na base destes mesmos valores que a Europa poderá desempenhar o seu papel futuro numa mundo globalizado e pacificado.
Delineando a visão da Santa Sé sobre o papel da Europa, o purpurado sublinhou o dramático pedido de sentido que a técnica faz no âmbito politico, onde incumbe o risco da tecnocracia; no âmbito da manipulação da vida, lá onde se confia cegamente nas biotecnologias; e no âmbito da comunicação, remodelado e abalado pela tecnologia informática. Da resposta certa ou errada nestes três âmbitos – afirmou o cardeal Renato Martino – dependerá em grande parte o futuro da Europa, e em definitivo, da humanidade. E recordou que liberdade não significa arbítrio.
Na sua opinião a Europa deve ser um continente aberto e acolhedor, continuando a realizar na era actual da globalização formas de cooperação internacional não só económica, mas também social e cultural, em termos de uma nova cultura de solidariedade, pensada como semente da paz.
Este velho Continente que conheceu antes dos outros guerras de religião, imperialismos, ideologias e totalitarismos– disse a concluir o Cardeal Renato Martino – tem o dever de se propor ao mundo globalizado como um laboratório de convivência solidária e de paz







All the contents on this site are copyrighted ©.