2007-03-09 10:28:28

Inundações em Moçambique:um cenário dramático com risco elevado de fome e doenças


(9/3/2007) Quase 122 mil das 285 mil pessoas afectadas pelas cheias no vale do Zambeze, no centro do país, correm o risco de enfrentar uma situação de fome face à perda de colheitas nesta região do país.
De acordo com o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, um total de 80 mil hectares de culturas diversas terão ficado perdidas em consequência das cheias. A avaliação final só será feita, no entanto, no final deste mês, altura em que terminam as primeiras colheitas, já em curso. Para contrariar a destruição das colheitas, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) deverá proceder em Abril à distribuição de sementes nas províncias afectadas, num processo avaliado em 1,3 milhões de dólares; cerca de 990 mil euros. Esta semana, o Governo moçambicano estimou em 71 milhões de dólares – 54,1 milhões de euros – o custo da reparação dos danos causados pelas cheias no centro do país e pela passagem do ciclone Favio. A reconstrução de infra-estruturas públicas, a reactivação da produção agrícola e a reinstalação económica e social das populações são alguns dos projectos concretos a serem financiados pelo erário público moçambicano e por doadores internacionais.De acordo com o mais recente balanço, o ciclone Favio, que atingiu Moçambique com ventos superiores a 200 quilómetros, fez dez mortos e 92 feridos. No vale do Zambeze, as piores cheias dos últimos anos atingiram 285 mil pessoas, 107.534 das quais foram encaminhadas para centros de realojamento temporário. Entre as infra-estruturas mais afectadas estão as escolas, estimando-se que quase mil salas de aulas nas províncias de Manica, Solafa, Tete, Zambézia, no centro do país, e Inhambane, no sul, tenham sido total ou parcialmente destruídas, afectando um total de cerca de 46 mil alunos.








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