ASSOCIAÇÃO CATÓLICA PATRIÓTICA CHINESA PRECISA DE MAIS SACERDOTES
Pequim, 03 mar (RV) - A Associação Católica Patriótica chinesa (a Igreja Católica
oficialmente reconhecida pelo governo de Pequim) anunciou ontem, que precisa de mais
sacerdotes, para atender aos 100 mil chineses que se convertem ao Catolicismo a cada
ano, informou o jornal oficial "China Daily".
A nomeação de bispos tem causado
tensões entre a China e a Santa Sé, nos últimos tempos, prejudicando o processo que
visa o restabelecimento dos laços diplomáticos entre ambas.
Segundo o porta-voz
da Associação Católica Patriótica, Liu Bainian, o Catolicismo tem crescido na China:
eram dois milhões, na década de 1950; e hoje, são mais de 5,3 milhões. Liu Bainian
disse que, hoje, a China conta 97 dioceses, 42 das quais sem bispos. Além disso, 29
párocos e bispos têm mais de 85 anos de idade. Em todo o país, são seis mil igrejas,
12 seminários e 70 conventos.
Por sua vez, a Santa Sé informa que o número
real de fiéis é de 10 a 12 milhões, metade dos quais, afiliado à Igreja Católica "clandestina",
porque permanece fiel à Igreja de Roma e ao papa: um grupo que sofre, freqüentemente,
o assédio das autoridades comunistas, apesar do contato freqüente com a Associação
Católica Patriótica.
Segundo a edição de fevereiro, da revista "Oriental Outlook",
300 milhões de chineses (23% da população) professam alguma religião. A maioria (200
milhões) é de budistas e taoístas. A revista não cita dados sobre católicos nem muçulmanos
(estimados em 26 milhões), mas destaca o rápido aumento do Protestantismo, após a
chegada das Igrejas de origem norte-americana, com 40 milhões de fiéis, contra 16
milhões de 2005. (CM)