2007-02-16 16:43:44

BENTO XVI FAZ APELO EM FAVOR DA NEGOCIAÇÃO SOBRE A DESNUCLEARIZAÇÃO DA PENÍNSULA COREANA


Cidade do Vaticano, 15 fev (RV) - A corrida ao nuclear, na península coreana, preocupa a Santa Sé, e Bento XVI convida as partes em causa a não comprometerem a delicada negociação em andamento, mas, pelo contrário, a fazerem tudo aquilo que for possível, para resolver pacificamente a questão. O apelo está contido na carta entregue esta manhã, pelo Santo Padre, ao presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, recebido em audiência no Vaticano.

No encontro privado entre ambos, que durou pouco menos de meia hora, o pontífice e o chefe de Estado sul-coreano evocaram _ segundo nota oficial da Sala de Imprensa vaticana _ "as cordiais relações entre a Santa Sé e a República da Coréia, bem como o entendimento e a cooperação existentes entre a Igreja Católica e as autoridades civis".

A situação política e social no leste da Ásia e, em particular, "a evolução do processo de reconciliação na península coreana, e o respeito e promoção dos direitos humanos naquela região" foram os outros temas do colóquio, que fizeram eco à carta de Bento XVI ao presidente da Coréia do Sul.

"Exorto as partes envolvidas _ diz o papa em sua carta _ a fazerem todo o possível para resolver, com meios pacíficos, as tensões atuais, e a se absterem de todo gesto ou iniciativa que possa colocar em perigo as negociações, certificando-se, enquanto isso, de que a parte mais vulnerável da população norte-coreana tenha acesso à ajuda humanitária."

O Pontífice usa palavras prementes, quando toca um dos pontos nevrálgicos da questão internacional, ou seja, a corrida aos armamentos nucleares e a negociação em andamento com a Coréia do Norte. Bento XVI define a corrida ao nuclear como um "risco" e uma "fonte ulterior de preocupação" também para a Santa Sé, que acompanha de perto os desdobramentos da situação.

A carta do Santo Padre é uma carta rica de solidariedade e de compreensão por todas as circunstâncias, históricas e atuais pelas quais atravessam os dois países do 38º paralelo. "Por mais de cinqüenta anos _ lê-se no texto pontifício _ a população coreana sofreu as conseqüências da divisão": famílias separadas, parentes e vizinhos "separados uns dos outros".

"O mundo moderno _ observa o papa _ é tristemente marcado por um crescente número de ameaças contra a dignidade da vida humana" e, portanto, desejo manifestar meu apreço a "todos aqueles que, no seu país, trabalham para apoiar e defender a sacralidade da vida, o matrimônio e a família, setores nos quais, como se sabe, a Igreja Católica na Coréia é particularmente ativa".

O olhar de Bento XVI se volta para a realidade social interna da Coréia do Sul: "Seu país _ afirma em sua carta ao presidente sul-coreano _ experimentou recentemente, um notável desenvolvimento econômico, pelo qual sou grato a Deus. Ao mesmo tempo, porém _ prossegue _ estou ciente de que nem todos os cidadãos se encontram em condições de desfrutar plenamente dessa prosperidade. Peço, portanto, a seu governo _ conclui o papa _ que trabalhe com todos aqueles que buscam promover o bem comum e a justiça social." (RL)







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