2007-02-14 17:33:10

SEITAS SÃO DÍVIDA DA IGREJA


Madri, 13 fev (RV) – José de Segovia, teólogo e autor do livro "Ocultismo, parapsicologia e fraude", é professor de Apologética, no Instituto Bíblico e Seminário Teológico da Espanha (IBSTE), alem de lecionar Dinâmicas Sectárias, na Faculdade de Sociologia.

O prof. Segovia diz que as seitas não agem hoje como nos anos 80. "Hoje elas funcionam como ONGs, escolas…". Ele disse que é preciso estabelecer uma distinção entre "seita e atitude sectária". Trata-se de um duplo fenômeno, diz ele. Há seitas que se enquadram na definição clássica, mas há movimentos que têm atitudes sectárias. "O que se deve ver, é quando uma dinâmica sectária se transforma em seita e, portanto, se torna prejudicial" _ alertou.

O professor esclarece que, havendo dúvidas sobre uma entidade _ se ela é seita ou não _ deve-se perguntar: Que governo tem o grupo? Os que estão à cabeça são supervisionados ou controlados? Que ensinamentos possuem? De que forma utiliza seus fundos econômicos? Como se relaciona com outras Igrejas? Como os adeptos podem deixar o grupos, se facilmente ou não.

Uma seita não nasce da noite para o dia, diz o prof. Segovia. "A autoridade de um indivíduo, fora de todo controle, o crescente isolamento, e a falta de honradez se convertem num hábito… até que se perde o rumo doutrinário."

As seitas são "contas a pagar" da Igreja, diz Segovia. O que significa que "nos vazios da Igreja é que surgem as seitas"! A Igreja perde sua perspectiva comunitária e familiar, falta-lhe a perspectiva escatológica, falta a fé no elemento milagroso, no sobrenatural… todos estes vazios permitem o surgimento de grupos que dão ênfase excessiva a esses pontos e desequilíbrios".

O prof. Segovia esclarece, em primeiro lugar, que uma Igreja cristã autêntica se distingue por manter a Palavra de Cristo. O fundamento deve ser o ensinamento apostólica. Em segundo lugar, deve-se ver qual é sua prática da verdade. "Quando existe uma separação entre a teoria e a prática dessa verdade é mau sinal. Deve haver transparência."

Em terceiro lugar, uma Igreja cristã autêntica vive com o necessário, sem ambição e livre do poder econômico. Há uma dependência e confiança total em Deus. A verdadeira Igreja deve mostrar uma confiança total em Deus. (MZ)







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