2007-02-12 16:38:45

PAPA DIZ QUE DIANTE DOS DESAFIOS APRESENTADOS PELO SUBJETIVISMO, É PRECISO TER CORAGEM PARA ANUNCIAR VERDADE SOBRE O HOMEM


Cidade do Vaticano, 10 fev (RV) - Numa época marcada pelo subjetivismo relativista, é preciso ter a coragem de anunciar a verdade sobre o homem. Foi a premente exortação de Bento XVI, esta manhã, na audiência a uma delegação da Academia de Ciências Políticas e Morais, de Paris. Além disso, o papa ressaltou a importância da formação das consciências dos jovens. Entre os presentes, estava também o Cardeal Jean-Marie Lustiger, arcebispo emérito de Paris.

"No mundo atual _ exortou Bento XVI _ é cada vez mais urgente, convidar os nossos contemporâneos a uma renovada atenção" ao "respeito pelo ser humano e à busca do bem comum".

De fato, prosseguiu o papa, "o desenvolvimento do subjetivismo, no qual cada um tende a tomar si mesmo como única referência e a considerar que aquilo que pensa tem o caráter da verdade, nos impele a formar as consciências baseadas nos valores fundamentais". Aqueles valores _ ressaltou _ "que não podem ser atacados sem colocar em risco o homem e a própria sociedade".

Bento XVI voltou seu pensamento à grande figura de Andrej Sakharov, a quem o então Cardeal Joseph Ratzinger sucedeu na Academia parisiense. "Essa alta personalidade _ constatou o pontífice _ nos recorda que é necessário, tanto na vida pessoal como na vida pública, ter a coragem de dizer a verdade e segui-la." E, também, de "ser livres na relação com o mundo que, muitas vezes, tem a tendência a nos impor seus modos de ver e os comportamentos a adotar".

"Hoje _ afirmou _ "é importante que o homem não se deixe imobilizar pelas amarras exteriores como o relativismo, a busca pelo poder e pelo lucro a todo custo, a droga", e ainda, pelas "relações afetivas desordenadas, a confusão sobre o matrimônio, o não reconhecimento do ser humano em todas as etapas de sua existência".

É nosso dever _ acrescentou _ "ter a coragem de recordar aos nossos contemporâneos, aquilo que realmente são o homem e a humanidade". Daí, o convite às pessoas e instituições que têm a função de transmitir os valores a "terem a coragem de anunciar a verdade sobre o homem".

"A verdadeira liberdade _ advertiu o pontífice _ consiste em caminhar na estrada da verdade, segundo a sua própria vocação, sabendo que cada um deverá dar contra da própria vida a seu Criador e Salvador."

É importante _ disse ainda _ "propor aos jovens tal percurso". Assim, "saberão discernir, com coragem e tenacidade, o caminho da liberdade e do bem" que implica também "esforços, sacrifícios e renúncias".

Um dos mais urgentes desafios para os homens de hoje, de modo particular para os jovens _ ressaltou _ "consiste em aceitar não viver simplesmente na exterioridade", mas a "desenvolver a vida interior, lugar unificante do ser e do agir".

Justamente Sakharov _ disse o Santo Padre _ mostrou, durante o período comunista que, mesmo quando sua liberdade exterior havia sido "acorrentada", nada podia tirar-lhe a liberdade interior. (RL)







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