2007-02-12 17:26:10

NO ANGELUS DO 15º DIA MUNDIAL DO ENFERMO, PAPA PEDE TERAPIAS PALIATIVAS PARA DOENTES TERMINAIS


Cidade do Vaticano, 11 fev (RV) - A Igreja recorda hoje, a primeira aparição da Virgem Maria a Santa Bernadete Soubirous, em 11 de fevereiro de 1858, na gruta de Massabielle, em Lourdes, França.

O papa iniciou seu encontro com os fiéis, no final desta manhã, para a oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, explicando a origem da memória litúrgica de hoje e, ao evocar seu predecessor, João Paulo II, foi calorosamente aplaudido.

"Justamente pela relação existente entre Lourdes e o sofrimento humano, 15 anos atrás, o amado papa João Paulo II estabeleceu que, na festividade de Nossa Senhora de Lourdes, se celebrasse também o Dia Mundial do Enfermo. Este ano, o coração desta recorrência é a cidade de Seul, capital da Coréia do Sul."

Bento XVI se disse próximo a todos os irmãos e irmãs doentes, e estendeu seu pensamento aos agentes de saúde do mundo inteiro. O papa mostrou-se consciente da importância da obra social dos médicos, enfermeiros, voluntários, e de todos, em geral, que assistem pessoas doentes.

A seguir, fez uma referência ao tema de sua mensagem para este 15º Dia Mundial do Enfermo _ "Os cuidados pastorais e espirituais aos enfermos com patologias incuráveis" _ pedindo mais atenção, por parte dos Estados, para os problemas dos doentes terminais.

"É necessário _ disse _ incentivar o desenvolvimento de terapias paliativas, que ofereçam a assistência integral e forneçam aos doentes terminais incuráveis, o conforto humano e o acompanhamento espiritual de que tanto precisam."

A Igreja celebrou hoje, o 15º Dia Mundial do Enfermo, reunindo milhares de doentes e peregrinos para uma missa, na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal vigário do papa para a Diocese de Roma, Camillo Ruini.

No final da cerimônia, o Santo Padre desceu à basílica, para saudar todos e reviver juntos, como o fez ano passado, o clima espiritual provado na gruta de Massabielle. No breve encontro, o papa pediu que a comunidade cristã sustentasse espiritual e materialmente, os doentes, não deixando que eles fiquem no abandono e na solidão, ao enfrentar um momento tão delicado de suas vidas.

"As pessoas que, com paciência e amor, colocam a serviço dos doentes, sua competência profissional e seu calor humano, são dignas de louvor. Assim como o bom samaritano, não olham para a condição social, a cor da pele ou a pertença religiosa, mas somente aquilo de que precisam. No rosto de todo ser humano, principalmente quando sofrido e desfigurado pela doença, brilha o rosto de Cristo, que disse: "Eu vos garanto: todas as vezes que fizestes isso a um desses meus irmãos menores, a mim o fizestes."

Antes de deixar a basílica, o papa se deixou fotografar, vestido de antigo "peregrino", com trajes doados pelos dirigentes da Obra Romana Peregrinações, ou seja: chapéu, manta, bornal e bengala.

O rito se concluiu com uma procissão de velas, do mesmo gênero da habitualmente realizada pelos peregrinos, na gruta de Massabielle, em Lourdes, ao anoitecer.

Enquanto isso, em Seul, na Coréia, numerosos encontros, conferências, reuniões pastorais e celebrações litúrgicas reuniram representantes da Igreja, com o pessoal que trabalha no campo da saúde, enfermos e suas famílias. O papa enviou como seu representante a essas celebrações, o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, o cardeal mexicano, Javier Lozano Barragán. (CM)







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