LEI SOBRE EDUCAÇÃO NA ARGENTINA: MINISTRO RECONHECE QUE EXISTEM DIFERENÇAS COM A IGREJA
Buenos Aires, 10 fev (RV) - O ministro da Educação argentino, Daniel Filmus,
confirmou, nesta sexta-feira, a existência de "diferenças" com a Igreja Católica,
a respeito de alguns pontos da Lei de Educação, mas assegurou que existem amplas coincidências
no que diz respeito à base comum da norma, aprovada no final do ano passado.
O
ministro, que encerrou ontem a 44ª edição do Curso de Reitores do Conselho Superior
de Educação Católica, destacou que "há uma base comum, com a Igreja, no que tange
à responsabilidade da família na educação integral e na necessidade de um único sistema
educativo".
O ministro reconheceu, no entanto, que "ainda persistem diferenças
que irão sendo tratadas, na medida em que avança a execução da lei".
A Comissão
Episcopal de Educação Católica, da Conferência Episcopal Argentina emitiu um documento,
no qual critica alguns aspectos da nova Lei de Educação, como a inclusão no conteúdo
curricular obrigatório, de programas de planejamento familiar.
"Esses programas
poderiam facilitar práticas como a contracepção, a esterilização e o aborto" _ assinala
o documento. Os bispos também questionaram a inclusão nos conteúdos curriculares "da
não discriminação por gênero" porque supõe uma "distorção da educação sexual".
O
ministro Filmus destacou que "da mesma maneira que a lei nº 1.420 serviu para trazer
a democratização ao país, a Lei de Educação servirá para criar uma igualdade de oportunidades
para aceder à educação". (MZ)