2007-02-07 12:59:36

ACNUR no Médio Oriente: resolver situação dos refugiados iraquianos


(7/2/2007) O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados António Guterres chegou na passada segunda-feira ao Kuwait, depois de dois dias na Arábia Saudita, e visita ainda a Jordânia e a Síria com o objectivo de reforçar a cooperação com os parceiros locais em programas de ajuda aos refugiados iraquianos na região. António Guterres estima que existam actualmente cerca de 1,8 milhões de deslocados internos iraquianos e mais de dois milhões de refugiados nos países vizinhos do Iraque. Em Riade, encontrou-se com o rei Abdullah bin Abdul Aziz e outros altos responsáveis da Arábia Saudita, tendo defendido a necessidade de um reforço da parceria entre o ACNUR e o mundo muçulmano. “O Alto-Comissário propôs aos líderes sauditas participarem regularmente em consultas de alto nível com o ACNUR e convidou o presidente do Crescente Vermelho saudita, a visitar Genebra para analisar actividades conjuntas”.
Segundo o ACNUR, o rei Abdullah garantiu a Guterres a cooperação saudita, sublinhando o compromisso do reino em dar apoio humanitário aos refugiados e o seu desejo de aumentar a parceria com o Alto Comissariado. O ex-primeiro-ministro português, por seu turno, instou a Arábia Saudita a ser parte activa numa conferência do ACNUR dedicada à crise humanitária do Iraque, prevista para decorrer em Genebra em meados de Abril.
“Cerca de cinco milhões de refugiados apoiados pelo ACNUR são originários de Estados-membros ou observadores da organização da conferencia islamica e a sua maioria está em países da organização”, declarou Guterres.
O Alto-Comissário estará hoje na Jordânia e amanhã e sexta-feira na Síria, onde deverá estar com iraquianos que fugiram do seu país. A maioria dos refugiados iraquianos estão na Jordânia (700 mil), enquanto cerca de 500 mil estão na Síria, entre 20 mil e 80 mil no Egipto e cerca de 40 mil no Líbano.A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, anunciou a criação de um grupo de trabalho para encontrar uma solução para a questão dos refugiados iraquianos. Washington foi acusado de não se preocupar com esta questão quando, segundo as estimativas do Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados, dois milhões de pessoas fugiram do Iraque e 1,7 milhões fugiram de sua casa sem abandonar o país. As violências confessionais e a criminalidade obrigam todos os dias a que mais de um milhar de iraquianos tenha de fugir de casa, enquanto que os meios para lhes prestar ajuda diminuem fortemente, indicou no mês passado em Washington, a Organização Internacional para as Migrações.








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