MENSAGEM DO PONTIFÍCIO CONSELHO DA PASTORAL PARA OS AGENTES DE SAÚDE POR OCASIÃO DO
DIA MUNDIAL DE COMBATE À HANSENÍASE
Cidade do Vaticano, 26 jan (RV) - Celebra-se no próximo domingo, o 54º Dia
Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado anualmente, no último domingo do mês de
janeiro. Para a data, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde endereçou
uma mensagem de solidariedade aos cerca de 10 milhões de doentes que, ainda hoje,
não obstante a elevada eficácia dos tratamentos, padecem o contágio do Morbo de Hansen.
Na
mensagem, recorda-se também a figura de Raul Follereau que, em 1954, instituiu esse
Dia Mundial de Combate à Hanseníase.
Uma doença curável e, portanto, uma doença
"esquecida". Mas infelizmente "as coisas não são assim" _ afirma o presidente do Pontifício
Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, introduzindo
a mensagem.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo cifras atualizadas
em agosto de 2006, ressalta uma freqüência de novos casos de contágio em torno de
220 mil por ano. São quase 602 contágios por dia, dos 220 mil por ano: 133.500 no
sudeste da Ásia; mais de 40 mil na África; 33 mil na América; 8.600 na área do Pacífico
ocidental, e 4 mil na área do Mediterrâneo oriental.
Junto a essas cifras que
falam de uma doença curável sim, mas jamais erradicada, outro número consistente mostra
uma diferença de quase 77 mil contágios a menos em relação a 2005. O mérito dessa
redução deve-se atribuir à tempestividade de tratamentos específicos, chamados de
"poliquimioterapia", fornecidos nos centros de tratamento de lepra espalhados pelo
mundo.
Todavia, observa o Cardeal Barragán, "onde as condições ambientais de
acesso aos serviços sanitários são pouco favoráveis", e se registra "a ausência de
prevenção e de higiene, bem como o perseverar do subdesenvolvimento, o bacilo da hanseníase
se enraíza e os projetos de total eliminação encontram fortes obstáculos".
Mesmo
assim, prossegue a mensagem do organismo vaticano, "os países onde a lepra é endêmica
continuarão recebendo gratuitamente os medicamentos que compõem a poliquimioterapia",
com a ajuda ativa da OMS. (RL)