2007-01-27 19:40:10

BENTO XVI PRESIDE CELEBRAÇÃO CONCLUSIVA DA SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS


Cidade do Vaticano, 26 jan (RV) - É Jesus que cura da incomunicabilidade e da divisão, e é a escuta da Palavra de Deus o compromisso ecumênico prioritário de todo cristão, a fim de que se possa alcançar a unidade da fé. Foi o que ressaltou Bento XVI, ontem à tarde, na homilia das Segundas Vésperas, da solenidade da conversão de São Paulo. A celebração, que se realizou na basílica romana de São Paulo "fora dos muros", concluiu a Semana de oração pela unidade dos cristãos e quis recordar que não há verdadeiro ecumenismo sem conversão.

Chega da África do Sul _ onde se manifestam, violentamente, o racismo, a pobreza, o conflito, a exploração e o sofrimento _ o apelo a escutar a Palavra de Deus, para superar "a divisão e a incomunicabilidade, conseqüências do pecado", "contrárias ao desígnio de Deus.

Acolhendo tal apelo, Bento XVI partiu das reflexões preparadas pelas comunidades cristãs da região sul-africana de Umlazi _ para a Semana de oração pela unidade dos cristãos _ para ressaltar que "a escuta obediente da Palavra de Deus" é essencial para o caminho ecumênico.

"De fato, não somos nós a fazer ou a organizar a unidade da Igreja. Escutar juntos a palavra de Deus, praticar a lectio divina da Bíblia, isto é, a leitura ligada à oração; deixar-se surpreender pela novidade _ que jamais envelhece e jamais se esgota _ da palavra de Deus; superar a nossa surdez por aquelas palavras que não combinam com os nossos preconceitos e as nossas opiniões; escutar e estudar também aqueles que antes de nós escutaram a palavra de Deus, para aprender deles e assim ler a Bíblia nessa longa e rica tradição de escuta; tudo isso constitui um caminho a ser percorrido para alcançar a unidade na fé, como resposta à escuta da Palavra."

E a escuta da Palavra de Deus leva, depois, a "transmiti-la aos outros _ acrescentou o papa _ àqueles que jamais a escutaram, ou àqueles que a esqueceram e a sepultaram sob o impulso das preocupações e dos enganos do mundo".

"Nós cristãos _ acrescentou o Santo Padre _ não nos tornamos, talvez, por demais surdos? Não nos falta, talvez, a coragem de falar e de testemunhar?... O nosso mundo precisa desse testemunho; espera, sobretudo, o testemunho comum dos cristãos."

Em sua homilia, Bento XVI dirigiu um pensamento particular às Igrejas e às comunidades eclesiais que tomaram parte da celebração, confiando "à intercessão de São Paulo _ incansável construtor da unidade da Igreja" _ os frutos dos diversos encontros mantidos com as Igrejas do Oriente e do Ocidente.

"Nesses eventos, foi possível perceber a alegria da fraternidade, junto à tristeza pelas tensões que permanecem, conservando sempre a esperança que o Senhor nos infunde." (RL)







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