2007-01-24 18:19:03

PAPA AGRADECE A DEUS PELA VIDA DO ABBÉ PIERRE, FUNDADOR DA COMUNIDADE DE EMAÚS, FALECIDO AOS 94 ANOS


Cidade do Vaticano, 23 jan (RV) - O papa agradece a Deus pela vida do Abbé Pierre, falecido ontem, na França, aos 94 anos, e pela ação do religioso "em favor dos mais pobres". É o que expressa o pontífice, no telegrama de pesar endereçado ao presidente dos bispos franceses, Dom Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordeaux, assinado pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.

Além disso, Bento XVI pede a Deus que acolha "na paz de seu Reino, esse sacerdote que, durante toda a sua vida, lutou contra a miséria" e estende seu pesar à família do religioso e à comunidade de Emaús, por ele fundada.

A França, em particular, rende homenagem ao Abbé Pierre: são muitas as pessoas reunidas em silêncio diante do Val-de-Grâce, o hospital militar de Paris. As exéquias do religioso francês terão lugar na sexta-feira, às 11h locais na catedral de Notre-Dame, de Paris.

O sepultamento será feito de forma privada, no cemitério de Esteville, na Alta Normandia, uma zona na qual já estão sepultados os primeiros colaboradores e amigos do religioso. A decisão foi anunciada pela comunidade de Emaús.

Nascido em 1949, o movimento de solidariedade que, no início acolhia somente poucos fiéis, conta hoje, mais de 115 comunidades na França e 400 grupos em mais de 40 países. Em nível internacional, atua, sobretudo, na África e na América Latina.

A comunidade já tem um novo diretor, Renzo Fior, designado pelo próprio Abbé Pierre em seu testamento espiritual. Na entrevista à nossa colega Marie du Hamel, o presidente da Conferência Episcopal Francesa, Dom Jean-Pierre Ricard, recorda a Comunidade de Emaús...

Dom Jean-Pierre Ricard:- "Sua primeira batalha social remonta a 1949: foi quando elevou sua voz, pela primeira vez, em favor de alojamentos para os menos favorecidos e criou a primeira Comunidade Emaús. O que era? Era um lugar de acolhimento, numa casa que ele mesmo havia ocupado na periferia de Paris, onde dava acolhimento a homens marcados pela vida, àqueles menos favorecidos. Ao longo dos anos, criamos depois, lugares de acolhimento diurnos, onde as pessoas em dificuldades encontram, pela manhã, não somente um café quente, bolacha e um pãozinho, mas também todos os serviços higiênicos, um banho... são lugares de acolhimento de serviço, mas também de escuta e de assistência." (RL)







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