2007-01-24 18:19:47

IGREJA NA ITÁLIA NEGA INGERÂNCIA NA ESFERA LEGISLATIVA


Roma, 23 jan (RV) - As posições da Igreja Católica na Itália sobre temas como a eutanásia, a procriação assistida ou a equiparação das uniões homossexuais ao casamento não devem ser vistas como "ingerências" na atividade legislativa do Estado. Essa foi a posição defendida pelo presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Camillo Ruini.

Na abertura dos trabalhos do Conselho Permanente da CEI, o Cardeal Ruini disse que as intervenções da hierarquia pretendem "afirmar e defender os grandes valores que dão sentido à vida das pessoas e salvaguardam sua dignidade". Para o Cardeal Ruini, que é vigário do papa para a Diocese de Roma, tais valores são "humanos, antes de serem cristãos".

Quanto ao reconhecimento jurídico das uniões de fato, o Cardeal Ruini voltou a frisar que a família "fundada no casamento monogâmico" deve ser defendida e não equiparada a outros tipos de união. No que diz respeito às uniões homossexuais, o presidente da CEI assinala que há questões "antropológicas" que são contrárias às reivindicações de equiparação ao casamento, como "a não existência do bem que é a geração dos filhos".

O Cardeal Ruini afrontou também as questões levantadas antes e depois da morte de Piergiorgio Welby, o italiano que solicitou que desligassem a aparelho que o fazia respirar, visto como um "herói" da causa da eutanásia. O cardeal justificou a decisão de não autorizar a realização de um funeral religioso para Welby com o fato de o defunto, até ao fim, "ter perseverado, lúcida e conscientemente, na vontade de colocar um ponto final à sua própria vida". (MZ)







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