Forum Social Mundial em Nairobi encerra esta quinta feira: propostas da Caritas
(24/1/2007 A África continua no centro das atenções do Fórum Social Mundial (FSM),
que esta quinta feira se conclui em Nairobi, capital do Quénia. Milhares de católicos,
pertencentes a várias organizações e institutos, procuram dar o seu contributo, a
partir de experiência concretas e do trabalho desenvolvido um pouco por todo o mundo.
O Arcebispo queniano Zacheus Okot, da diocese de Kisumu, é o presidente da Cáritas
Amecea – que congrega a presença deste organismo católico no Quénia, Uganda, Tanzânia,
Zâmbia, Malawi, Sudão, Etiópia e Eritréia. Em declarações à Agência italiana Sir destacou
o facto de grande parte dos participantes católicos estar ligada à rede internacional
da Cáritas, de um forma ou outra. No FSM, este responsável pediu que os governos
destinem uma percentagem mais alta dos seus orçamentos a organizações, como a Cáritas,
“que trabalham pela erradicação da pobreza”. Só a plataforma ecuménica, com que
a rede da Cáritas organizou a presença neste Fórum, conta com 650 participantes, a
que se devem somar os missionários e religiosos, bem como os membros de outras organizações
cristãs. O Arcebispo Okot espera que o FSM ajude a Cáritas a “partir à descoberta,
procurando ser cada vez mais testemunha do Evangelho através do seu trabalho social”.
A prioridade vai para os locais em que há mais “pobres, marginalizados, refugiados
e onde é preciso levar a paz”. Um dos desafios que se colocam à organização católica
para a solidariedade e a assistência é a de criar uma rede a nível paroquial, o que
ainda não acontece em África. “Temos de sensibilizar as pessoas para a necessidade
de ter a Cáritas em cada paróquia, de forma a estar cada vez mais próximos dos pobres
e das suas necessidades”, conclui D. Okot.