VATICANO: CONCLUÍDA REUNIÃO SOBRE PROBLEMAS DA IGREJA CATÓLICA NA CHINA
Cidade do Vaticano, 20 jan (RV) - Os problemas mais graves e urgentes que a
Igreja na China se vê obrigada a afrontar _ primeiro dos quais a liberdade religiosa
_ foram o ponto central da agenda da reunião realizada ontem e hoje, no Vaticano,
convocada pelo papa. O encontro foi presidido pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio
Bertone.
A reunião _ explica um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé
_ foi convocada por Bento XVI "com o propósito de aprofundar o conhecimento da situação
da Igreja Católica na China continental".
No final da manhã, o papa saudou
os participantes do encontro, entre os quais se encontravam representantes do Episcopado
chinês _ Hong Kong, Macau e Taiwan _ e aqueles que acompanham a questão mais de perto,
em nome da Santa Sé. "O amplo e articulado debate _ afirma a Sala de Imprensa _ foi
caracterizado pela franqueza e pela fraterna cordialidade."
Durante os trabalhos,
"à luz da difícil história da Igreja na China e dos eventos dos últimos anos, foram
examinados os problemas eclesiais mais graves e urgentes, que esperam soluções adequadas,
em relação aos princípios fundamentais da constituição divina da Igreja e da liberdade
religiosa".
"Foi evidenciado, com profundo reconhecimento, o luminoso testemunho
dado pelos bispos, sacerdotes e fiéis, os quais, sem ceder em suas convicções, mantiveram
sua fidelidade à Sé de Pedro, por vezes à custa de graves sofrimentos. Além disso,
foi constatada com particular alegria, que hoje, a quase totalidade dos bispos e dos
sacerdotes se encontra em comunhão com o Papa."
"É surpreendente _ ressalta
o comunicado da Sala de Imprensa vaticana _ o crescimento numérico da comunidade eclesial
que, também na China, é chamada a ser testemunha de Cristo, a olhar para frente com
esperança, e a confrontar-se, no anúncio do Evangelho, com os novos desafios que a
sociedade está afrontando."
Das numerosas contribuições dos participantes da
reunião, emergiu "a vontade de prosseguir no caminho de um diálogo respeitoso e construtivo,
com as autoridades governamentais, para superar as incompreensões do passado. Além
disso, auspiciou-se o alcance de uma normalização das relações em vários níveis, a
fim de permitir a pacífica e frutuosa vida da fé na Igreja, e a realização de um trabalho
conjunto, para o bem do povo chinês e para a paz no mundo".
"O papa, que foi
amplamente informado sobre as propostas apresentadas durante a reunião _ conclui o
comunicado _ decidiu endereçar uma carta aos católicos na China." (RL)