2007-01-23 16:33:13

DECLARAÇÃO INTER-RELIGIOSA SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA AMÉRICA LATINA E CARIBE


Santa Cruz de la Sierra, 20 jan (RV) - – "Considerando que está diminuindo o respeito pelo direito à vida de muitas crianças e adolescentes da América Latina e Caribe, sentimos a necessidade de unir esforços para prevenir, difundir e educar a sociedade latino-americana e caribenha, para superar todas as formas de violência a que está submetida essa faixa da população." É o que afirmam os representantes das principais organizações religiosas regionais da América Latina, na primeira "Declaração inter-religiosa sobre a situação da infância na América Latina e Caribe".

O documento sintetiza as conclusões da Consulta inter-religiosa latino-americana e caribenha sobre a infância, realizada no Panamá em junho passado, no Escritório Regional para a América e o Caribe, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF/TACRO).

No documento _ resultado da recente sessão realizada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia _ os representantes religiosos reiteram "o valor indiscutível de toda vida humana, sobretudo a das crianças e adolescentes. "A violência que os ameaça _ afirmam _ tem agora um impacto sempre mais negativo, porque se infiltra em nossas casas, nos centros educativos, nas ruas e _ devemos ter consciência disso _ também nas nossas comunidades de fé".

Os representantes das principais organizações religiosas regionais da América Latina e Caribe acrescentam que, em função disso, "a nossa prioridade na agenda de compromissos comuns será aquela de vigiar, discernir, identificar e denunciar todas as manifestações de violência contra essa faixa da população, que possam ocorrer nos espaços onde se desenvolve nossa vida religiosa e espiritual, na família, na escola e na comunidade, mesmo quando forem realizadas por indivíduos, instituições, regimes ou crenças".

O documento também dá destaque à difusão da AIDS/HIV entre crianças e adolescentes da América latina e Caribe, um fenômeno que deve "comprometer a comunidade religiosa e espiritual na realização de todos os esforços possíveis, para prevenir e combater esta pandemia, agindo como comunidade segura, onde crianças e adolescentes possam aproximar-se e receber informação e assistência sobre a doença. Para isso, as comunidades religiosas e espirituais deveriam motivar e instruir pessoas especializadas para a obra". (JK)







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