Pequim, 17 jan (RV) - Dois dos nove sacerdotes católicos detidos na última
onda de prisões, na região de Hebei (norte da China) foram libertados, por motivos
de saúde. Trata-se dos padres Wen Daoxiu e Li Yongshun, ambos da Igreja Católica considerada
"clandestina", por permanecer fiel ao Papa e a Roma, e se recusar a obedecer ao controle
do PC chinês.
Outros sete sacerdotes católicos _ Li Shujun, Wang Quanjun, Wang
Qiongwei, Pang Yongxing, Pang Haixing, Dong Guoyin e Liu Honggeng _ permanecem na
prisão.
Hebei é a região com o maior número de católicos da China (1,5 milhões),
muitos deles pertencentes à Igreja "clandestina".
Fontes locais confirmaram
à agência AsiaNews, que os padres católicos foram detidos porque tinham participado
de uma reunião "ilegal". A polícia tentou convencê-los a assinar sua adesão à Associação
Católica Patriótica, que seria a Igreja Católica oficialmente reconhecida no país
e tutelada pelo governo, mas eles se recusaram, sendo, por isso mesmo, presos.
A
Associação Católica Patriótica tem intensificado sua campanha para prender bispos,
sacerdotes e fiéis, em Hebei. Pelo menos seis bispos dessa região continuam detidos
ou estão desaparecidos, entre eles o bispo de Baoding, Dom Su Zhimin, de 73 anos,
detido em 1996. (MZ)