Patriarca de Lisboa escreve aos párocos a respeito do proximo referendo: a celebração
litùrgica não pode ser lugar de campanha alerta D. José Policarpo, apelando a outros
espaços de debate
(15/1/2007) D. José Policarpo enviou uma carta aos párocos e comunidades cristãs
do Patriarcado de Lisboa a respeito do próximo referendo ao aborto, frisando que a
celebração litúrgica não pode ser lugar de campanha, “rebatendo argumentos contrários,
analisando vertentes políticas e sociológicas do problema”. A missiva sublinha,
no entanto, que isso não impede a organização, noutros momentos e espaços, de “debates
de esclarecimento mais abrangentes, para os quais podem pedir a colaboração de pessoas
preparadas para esclarecer acerca das variadas questões que este referendo levanta”.
O voto no Não, segundo o Cardeal-Patriarca, deve ser claro para todos os católicos.
“A doutrina da Igreja sobre a vida, inviolável desde o seu primeiro momento, obriga
em consciência todos os católicos. Estes, para serem fiéis à Igreja, não devem tomar
posições públicas contrárias ao seu Magistério”, assinala. A carta, publicada
na página oficial do Patriarcado, sublinha que “o drama do aborto voluntário” implica
sérias questões morais e “desafia a Igreja e a sociedade a encontrar respostas positivas,
na linha do amor fraterno, na ajuda a todas as mulheres que vão ser mães”.