Lagos, 12 jan (RV) - Um tribunal de Lagos, Nigéria, condenou à morte por enforcamento,
um pastor da Igreja Pentecostal nigeriana, por ter queimado seis membros de sua congregação,
por seus supostos pecados.
O juiz Olubunmi Oyewole, do Tribunal de Ikeja, em
Lagos, declarou que a promotoria pública demonstrou, de maneira clara e sem deixar
dúvidas, que Emela Ezeugo, mais conhecido por "padre King", ateou fogo, em julho passado,
a seis membros de sua assembléia cristã, para puni-los por presumíveis pecados.
Um
dos membros da Igreja, Ann Uzor, morreu em conseqüência das queimaduras. Ele teria
sido vítima da cruel punição, por uma alegada fornicação que teria cometido.
O
pastor chorou, quando o juiz proferiu a sentença, numa sala de audiências repleta.
Possivelmente, seus advogados apresentarão um recurso.
O pastor King, que se
autoproclamou "controlador-geral da assembléia cristã", dirigiu uma milícia privada,
"o exército do Senhor", para fazer aplicar as leis de sua Igreja.
Durante o
julgamento, algumas mulheres de sua Igreja testemunharam que ele abusou delas sexualmente.
Quando o abuso resultou em gravidez, o pastor as forçou a praticarem o aborto. O
pastor e outros membros da sua Igreja se distinguem por suas longas barbas e pelos
seus ternos pretos que vestem. (MZ)