BENTO XVI PEDE APOIO ÀS FAMÍLIAS E TRABALHO ASSISTENCIAL CONJUNTO ENTRE IGREJA E ENTIDADES
PÚBLICAS
Cidade do Vaticano, 11 jan (RV) - "A família baseada no matrimônio tem necessidade
da tutela ética e do apoio social, por parte da entidade pública. Reconhecimentos
jurídicos em favor de outros tipos de uniões, tornam-se perigosos e desestabilizadores
para a família": foi uma das afirmações feitas por Bento XVI aos administradores da
região do Lácio, e da província e do município de Roma, recebidos em audiência, esta
manhã, para o tradicional intercâmbio de felicitações de Ano Novo.
Em seu discurso,
o Santo Padre recordou sua recente visita ao refeitório da Caritas romana, destacando
a importância do dever da solidariedade entre Igreja local e as estruturas assistenciais.
Os
administradores públicos, por sua vez, saudaram o pontífice, recordando as iniciativas
mais importantes em favor dos cidadãos, realizadas no decorrer de seus respectivos
mandatos.
"Cada homem que sofre, seja indigente, doente ou mesmo vítima de
qualquer tipo de miséria social, é um homem que pertence à Igreja e a todos os irmãos
da humanidade" _ disse Bento XVI ao responsável pela região italiana do Lácio, Pietro
Marrazzo, pela província de Roma, Enrico Gasbarra, e pelo município de Roma, Walter
Veltroni.
Manifestando aos presentes, seus sentimentos de afeto, proximidade
e zelo pastoral para com a cidade de Roma e para com todo o Lácio _ terra cristã por
excelência _ o Santo Padre reconheceu que o bem integral da população presente no
território "deve ser tutelado e incrementado pela colaboração existente entre as estruturas
eclesiais e públicas, no pleno respeito da sadia laicidade dos administradores públicos".
"Todavia
_ acrescentou o pontífice _ muitas são as categorias que têm, no momento atual, necessidade
de particular atenção como, por exemplo, a vida entre as paredes domésticas. Hoje,
o matrimônio e a família _ afirmou Bento XVI _têm necessidade de ser mais bem compreendidos
no seu valor intrínseco e nas suas autênticas motivações. E isso deve interessar sempre
mais à Igreja. Mas é igualmente necessário _ observou _ uma política da família e
para a família, que chame em causa, num duplo sentido, também as responsabilidades
que lhe são próprias."
"Trata-se de incrementar iniciativas capazes de tornar
menos difíceis e onerosas, para os casais jovens, a formação de uma família; e depois,
a geração e educação dos filhos, favorecendo a ocupação juvenil, reduzindo, no que
for possível, o custo das moradias e aumentando o número das escolas maternas e das
creches" _ acrescentou o papa.
"Por outro lado _ argumentou _ parecem perigosos
e contraproducentes aqueles projetos que tendem a atribuir a outras formas de união,
impróprios reconhecimentos jurídicos, acabando, inevitavelmente, por enfraquecer e
desestabilizar a família legítima, fundada no matrimônio." (JK)