Papa recebeu no Vaticano os administradores municipais e regionais de Roma e do Lácio,
para a apresentação de votos do Ano Novo.Convite de Bento XVI a incrementar e alargar
a colaboração entre a Igreja e a administração pública em sectores como a tutela da
saúde, no campo das doenças fisicas e mentais
(11/1/2007) Dirigindo-se ao presidência da Câmara municipal de Roma – Walter Veltroni,
ao presidente da Província – Enrico Gasbarra, e ao presidente da Região do Lácio –
Piero Marazzo, Bento XVI, depois de ter comentado positivamente a colaboração entre
Igreja e a administração pública na luta à pobreza, sugeriu o incremento e alargamento
de tal colaboração, em sectores como “a tutela da saúde”, no campo das doenças físicas
e mentais, “à luz dos grandes princípios da sacralidade da vida humana, da concepção
até ao seu termo natural, e ainda da centralidade da pessoa do doente”. Bento
XVI interpretou este costumado encontro anual como uma “ocasião para reforçar aqueles
vínculos profundos, antigos e tenazes” que unem os Papas a Roma, “cidade única no
mundo”, e ao território circundante, a todos exprimindo o seu “afecto, proximidade
e solicitude pastoral”. “Com a sua história milenária e com o seu significado
universal, Roma - e com ele todo o Lácio, suas cidades, aldeias, bairros – são uma
terra onde o cristianismo lançou profundamente raízes, produzindo através dos séculos
obras de beleza e frutos de bem, mostrando em concreto quanto o Deus feito homem é
efectivamente amigo do homem Este património de bondade e de beleza está agora,
num certo sentido, confiado a vós, como administradores públicos, no pleno respeito
da sã laicidade das vossas funções. E este é um terreno natural de colaboração entre
a Igreja e a sociedade civil que vós representais. Não há dúvida que tal colaboração
tutela e incrementa o bem humano integral das populações de Roma e do Lácio”. “Neste
espírito”, Bento XVI fez questão de “chamar a atenção” dos administradores “para algumas
matérias de interesse comum e de grande importância e actualidade”, nomeadamente a
tutela da saúde (“que exige – sublinhou – um esforço ingente e coordenado para assegurar
a todos os que sofrem de doenças físicas ou psíquicas uma assistência tempestiva e
adequada”. Também neste campo – observou o Papa – a Igreja e as organizações católicas
“têm muito gosto em oferecer a sua colaboração, à luz dos grandes princípios da sacralidade
da vida humana… e da centralidade da pessoa do doente”.