Reunificação e coesão das familias migrantes e refugiadas, na mensagem do Presidente
da Comissão Episcopal Portuguesa para a Mobilidade HUmana por ocasião do Dia MUndial
do Migrante e Refugiado 2007
(09/01/2007) “Bem-estar económico sem família unida não contribui para o bem pessoal,
social e nacional”, por isso D. António Vitalino lança o apelo para que “tudo se faça
para a reunificação e coesão das famílias migrantes e refugiadas”. Na mensagem
da Comissão Episcopal Portuguesa da Mobilidade Humana para o Dia Mundial do Migrante
e Refugiado 2007, D. António Vitalino reflecte que a mobilidade é característica presente
no ser humano desde sempre, mas adquiriu dimensões mais latas dada a globalização,
conferindo-lhe “grandes potencialidades mas também mutações socioculturais”. Essas
mudanças põem em perigo a coesão e unidade familiar favoráveis ao crescimento equilibrado
e harmonioso de qualquer ser humano. A mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial
do Migrante e do Refugiado, que a Igreja celebra no próximo dia 14, sublinha a importância
da unidade familiar da família migrante. Necessidade esta que D. António Vitalino,
Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, vem ressaltar. As migrações
são motivadas por razões económicas, sobretudo, tendo em conta o futuro dos filhos,
que os seus progenitores desejam melhorar. Mas as migrações forçadas, devido a guerras,
racismo, perseguição política ou religiosa, são também uma realidade. Seja qual for
a situação “a pessoa humana precisa da família para nascer, crescer integralmente
e viver”, reflecte D. António Vitalino. Sem esta relação primordial “dificilmente
teremos pessoas com auto-estima e estabilidade interior suficientes para enfrentar
as crises de crescimento e integrar-se harmoniosamente nas respectivas sociedades”.
Por isso o Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana sublinha a importância
de se pôr em prática a Convenção Internacional para a protecção do direitos de todos
os trabalhadores migrantes e dos membros das suas famílias, que entrou em vigor a
1 de Julho de 2003, mas que Portugal ainda não ratificou. “Urge continuar a apoiar
as famílias desagregadas e a acolher positivamente aqueles que chegam vindos desde
a Ásia à América Latina, numa atitude de acolhimento a praticar não apenas na altura
de Natal ou da Festa dos Povos, que já se realiza em muitas dioceses, mas sempre”.