Epifania de Cristo, epifania da Igreja: o Papa por ocasião do Angelus de 6 de Janeiro
Especialmente vivaz e festivo o ambiente que se respirava, ao meio-dia, na Praça de
São Pedro, onde – para além dos largos milhares de pessoas que ali se concentraram
– convergiu desta vez – seguindo uma tradição romana – um cortejo folclórico dos Reis
Magos. Evocando também aqui, antes da recitação do Angelus, a história dos Magos
que procuram o Messias, para o adorar, Bento XVI observou que a importância deste
acontecimento está no facto de assim se ter começado a realizar a adesão dos povos
pagãos à fé em Cristo, segundo a promessa feita por Deus a Abraão: “Em ti serão abençoadas
todas as famílias da terra”. “Se, portanto, Maria, José e os pastores de Belém representam
o povo de Israel que acolheu o Senhor, os Magos são por sua vez as primícias das gentes,
chamadas também elas a fazer parte da Igreja, novo povo de Deus, baseado já não na
homogeneidade étnica, linguística e cultural, mas apenas na fé comum em Jesus, Filho
de Deus. A Epifania de Cristo é, portanto, ao mesmo tempo, epifania da Igreja, isto
é, manifestação da sua vocação e missão universal. Neste contexto, tenho a alegria
de dirigir a minha cordial saudação aos amados irmãos e irmãs da Igrejas Orientais
que, seguindo o calendário juliano, celebrarão amanhã o Santo Natal: com afecto lhes
desejo abundância de paz e de prosperidade cristã”.