2007-01-05 17:09:08

BISPOS MARONITAS SUGEREM BUSCA DE NOVAS SOLUÇÕES E CONSELHO SUPERIOR XIITA CONVIDA AO DIÁLOGO


Beirute, 4 jan (RV) – "O verdadeiro pivô da crise libanesa parece ser a instituição do tribunal internacional para julgar o assassinato do ex-premier, Rafic Hariri: uma parte insiste para que seja imediatamente instituído, a fim de que acabe com a série de assassinatos que provocaram a morte do melhor de seus políticos; outros, ao invés (a maioria dos quais não libaneses) tentam impedir a instituição do tribunal, temendo que a verdade possa minar seus interesses."

É o que denunciam os bispos maronitas, num comunicado publicado ao término de sua assembléia mensal, realizada em Bkerké.

O protesto da oposição, que desde 1º de dezembro bloqueia o centro de Beirute, vem provocando uma "catástrofe econômica" ao país, já seriamente provado pela guerra.

Os bispos realçam que "as formas de governo sobre as quais se vêm falando há meses, nunca se tornarão uma realidade, por causa das dificuldades intransponíveis com as quais se chocam".

"A instabilidade _ observam os bispos _ poderia levar as nações dispostas a ajudar o Líbano a dar um passo atrás", justamente quando se aproxima o encontro dos países doadores, programado para o dia 25 de janeiro, em Paris.

Para o Episcopado maronita "é de dentro que deve vir uma iniciativa de salvação, e não do exterior". A paralisação das instituições, que se acusam reciprocamente de ilegitimidade, exige que se busque outra solução para "reconstituir uma autoridade, capaz de salvar o Líbano".

Acerca do papel que as autoridades religiosas podem desempenhar na solução da crise libanesa se expressou o Conselho Superior xiita. O xeque Abdel Amir Kabalan afirmou que a crise "é política, e não deve sofrer influência de religiosos". Mesmo afirmando que, para superá-la, é necessário um governo de unidade nacional e a instituição de um tribunal internacional, seu estatuto, no entanto, deve ser estabelecido "de comum acordo".

O Conselho Superior xiita pede que se "retorne à mesa de diálogo" e "se afastem todas as tutelas e ingerências, de onde quer que venham". (MZ)







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