2006-12-28 18:57:34

PAPA DEDICA ANGELUS AOS MÁRTIRES DA IGREJA


Cidade do Vaticano, 27 dez (RV) - Os católicos "perseguidos", que "sofrem por testemunhar e servir o Evangelho" no mundo, e que continuam fiéis à Sé de Pedro, sem ceder diante de ameaças, foram o ponto central da reflexão do papa, na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, esta manhã, festa litúrgica de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja.

Bento XVI confiou todas as pessoas perseguidas e que sofrem, de várias maneiras, por testemunharem e servirem o Evangelho, à proteção de Maria, "que conheceu a felicidade, com o nascimento e a dor, com a morte de seu Filho".

"Sinto-me espiritualmente muito próximo daqueles católicos que mantêm a própria fidelidade a Sé de Pedro, sem aceitar compromissos, e pagando esta postura, por vezes, com conseqüências bastante graves" _ disse.

Nas palavras do papa se podia perceber uma clara _ embora indireta _ referência aos católicos chineses.

"Toda a Igreja admira seu exemplo e reza para que eles tenham a força de perseverar, pois sabem que suas tribulações são fonte de vitória, embora possam parecer inúteis."

Referindo-se a São Estevão, lapidado em Jerusalém na primeira perseguição contra a Igreja nascente, o papa reconheceu que pode parecer surpreendente relacionar esse drama com o nascimento de Jesus e a paz e a alegria de Belém. Todavia, este aparente contraste pode ser superado, se considerarmos com mais profundidade o mistério do Natal e o fato que o Menino Jesus salvou a humanidade, ao morrer na cruz.

"Santo Estevão _ disse Bento XVI _ foi o primeiro a seguir o exemplo de Cristo, com o martírio. Como o seu Divino Mestre, morreu perdoando e rezando por seus algozes."

Além disso _ recordou ainda, o pontífice _ todos os santos venerados pela Igreja eram mártires, cuja morte não gerava medo nem tristeza, mas sim entusiasmo espiritual, e cada vez mais, novos cristãos.

"Para quem crê _ frisou o papa _ o dia da morte, e mais ainda, o dia do martírio, não é o fim de tudo, mas apenas o "trânsito" para a imortalidade: é o dia do nascimento definitivo, o que em latim se define o "dies natalis"."

Enfim, o teólogo Bento XVI explicou a relação existente entre o "dies natalis" de Cristo e o "dies natalis" de Santo Estevão: Se Jesus não tivesse nascido na terra, os homens não poderiam nascer no céu. Precisamente porque Cristo nasceu, nós podemos "renascer"! (CM)







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