2006-12-20 12:47:43

TV ESTATAL RECONHECE CRESCIMENTO DA FÉ CATÓLICA NA CHINA


Pequim, 19 dez (RV) - Cresce a fé católica na China, especialmente entre os jovens. Foi a notícia veiculada pelo canal estatal da televisão chinesa _ CCTV _ controlado pelo governo.

Numa matéria divulgada nesta segunda-feira, se narra a história de um jovem convertido: Liu Huimin, de 26 anos. Responsável pelo setor informático de uma empresa comercial, Liu conta que "como católico, aprendeu a amar os outros e a ajudar os necessitados".

Huimin foi batizado há um ano e meio, e freqüenta a Igreja da Imaculada Conceição, a mais antiga igreja da capital chinesa. Os batismos são muito freqüentes: a reportagem fala de 165 batismos durante uma missa dominical, quase todos de jovens e adolescentes.

Para Liu Huimin, as celebrações litúrgicas são importantes. "Antes _ conta ele _ eu colocava os meus interesses no centro de tudo; agora, aprendi a considerar também o ponto de vista dos outros." Em seu caminho de conversão foi decisiva uma família de católicos que o ajudou e lhe deu apoio, sobretudo, nas primeiras dificuldades após sua entrada na Igreja Católica.

Ir. Teresa Ying Mulan, superiora do convento de São José, de Pequim, explica que "pela primeira vez, está sendo possível comunicar a fé", sem grandes problemas, também graças "ao reconhecimento da liberdade religiosa, por parte da Constituição".

O fato de a TV estatal _ que não tem nenhuma independência editorial _ reconhecer o renascimento católico na China é muito interessante, pois se destaca dos outros organismos de controle do governo, como a Associação Católica Patriótica, a Igreja Católica oficialmente reconhecida por Pequim.

A televisão estatal chinesa fala de cinco milhões de católicos no país, mas as estimativas oficiosas falam de 12 milhões. Muitos desses ainda são obrigados a reunir-se e rezar em lugares clandestinos. O formal reconhecimento da liberdade religiosa na Constituição chinesa garante um mínimo de liberdade às comunidades oficiais, mas os fiéis "clandestinos" ainda sofrem ações violentas e prisões. (MZ)







All the contents on this site are copyrighted ©.