2006-12-20 12:46:42

PAPA PEDE PAZ, DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E PROMOÇÃO HUMANA PARA A REGIÃO AFRICANA DOS GRANDES LAGOS


Cidade do Vaticano, 19 dez (RV) - A negociação e o diálogo são a única "alternativa humana à guerra": é o que ressalta Bento XVI, na mensagem, assinada pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, enviada ao Presidente do Quênia, Mwai Kibaki, por ocasião da segunda cúpula da Conferência Internacional sobre a região africana dos Grandes Lagos, realizada nos dias passados, em Nairóbi.

A Santa Sé participou do evento com uma delegação conduzida pelo enviado especial, Dom Luigi Travaglino, e pelo núncio apostólico no Quênia, Dom Alain Paul Lebeaupin.

"Numerosas pessoas da região dos Grandes Lagos sofreram, infelizmente e por muito tempo": frisa Bento XVI, convidando os líderes políticos da martirizada região africana a colocar em prática o compromisso assumido dois anos atrás, em Dar-es-Salaam, na Tanzânia.

Foi em tal ocasião _ recorda _ que foi assinada uma declaração apoiada sobre quatro aspectos fundamentais: paz, democracia, desenvolvimento econômico e promoção humana e social. Na mensagem pontifícia, se reitera que esses quatro elementos devem amparar-se um no outro. Para alcançar tais objetivos _ lê-se ainda no documento _ são necessárias "generosidade, coragem e perseverança" por parte das autoridades, bem como por parte dos cidadãos.

O papa assegura que a Igreja Católica continuará se empenhando pela paz, e cooperando "junto com os fiéis de outras religiões, e os homens e mulheres de boa vontade".

"Comprometendo-se responsavelmente na vida pública" _ diz ainda a mensagem pontifícia _ os católicos "oferecem uma clara manifestação" de caridade fraterna.

A seguir, Bento XVI faz votos de que os responsáveis políticos possam adotar medidas voltadas a coibir o recurso à violência. De fato, ressalta que na região africana dos Grandes Lagos "tempo precioso, energias e recursos foram investidos em conflitos armados que semearam devastação".

Por fim, o papa se diz convencido de que "baseada numa paz estável e genuína, a região dos Grandes Lagos com os seus recursos humanos e naturais", e com "a ajuda da comunidade internacional, poderá superar suas dificuldades presentes, e oferecer a seu povo, a esperança de um futuro digno".

A mensagem para a região dos Grandes lagos é somente a última de uma série de pronunciamentos que o papa dedicou, nestes últimos dias, ao continente africano. No Angelus de domingo passado, Bento XVI pediu aos fiéis que reflitam sobre o modo como o Natal será celebrado pelos africanos, que muitas vezes vivem o drama da guerra. (RL)







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