2006-12-19 12:41:39

Natal festa da vida, nas mensagens dos Bispos portugueses


(19/12/2006) As Mensagens de Natal já divulgadas pelos Bispos portugueses mostram uma grande preocupação em fazer desta data uma Festa da Vida, particularmente numa altura em que aproxima no país, um referendo sobre a liberalização do aborto.
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, alude de forma indirecta a este acontecimento, frisando que "a melhor prenda que se pode dar a cada pessoa é dizer-lhe que a sua vida é um dom muito belo e que lhe deseja as maiores felicidades… Como é triste lembrar os que não nasceram por causa de quem não quis e não deu autorização para que nascessem!".
Para o Bispo de Portalegre-Castelo Branco, a Mensagem de Natal foi uma ocasião para denunciar "novas formas de agressão à vida humana". D. José Sanches Alves critica a situação em que se encontram "os sem-abrigo, os imigrantes, os desempregados, os doentes crónicos e incuráveis", lembrando ainda "os nascituros a quem é negado o direito de nascer", "as crianças abandonadas" e os que morrem de fome.
O Bispo de Setúbal, D. Gilberto Reis, lembra, por seu lado, que "em cada vida humana há pois uma dignidade inviolável que acompanha o homem em todo o processo da vida. Dignidade que ninguém pode recusar e de que o homem nunca pode ser espoliado".
D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, fala da importância da família e refere que "o milagre da vida brota constantemente do amor dos pais". "Que o nascimento do Menino Deus vos leve a promover a vida com qualidade para todas as crianças, a proteger e criar condições para que todos os que nasceram ou que estão para nascer possam viver felizes", deseja.
"É urgente defender a vida", defende o Bispo de Coimbra, que pede aos cristãos um compromisso para "preservá-la, não apenas na batalha de alguns dias que passam, mas durante anos e anos que vão seguir-se".
"Quem for cristão e quiser, como os pastores e os magos de Belém, beijar e cultivar a vida, há-de encontrá-la e defendê-la no seu começo, quando é semente no seio materno, e no seu termo, enquanto for árvore no outono da velhice", refere D. Albino Cleto.
O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, assinala que "toda a vida que começa, como a do menino de Belém, já desde o seio materno, é um mistério de maravilha". Por isso, "só o respeito sagrado por todas e cada uma das pessoas, qualquer que seja a sua situação ou estado de desenvolvimento, desde a concepção à morte natural, pode garantir a paz e dar futuro à Humanidade".
Que significado?
"O Natal é o nascimento de Jesus Cristo no Presépio de Belém acontecido há dois mil anos". A frase, da Mensagem de Natal do Bispo da Guarda vai de encontro ao que de mais importante se celebra no dia 25 de Dezembro e que, apesar de ser uma evidência, se vai desvanecendo no meio do frenesim consumista que marca a quadra.
Para o Bispo de Vila Real, D. Joaquim Gonçalves, "os cristãos são chamados a testemunhar a beleza e a verdade histórica do Natal, salvando-o da poluição laica e comercial para que ele nos salve a nós mesmos e à civilização".
"Sem o Natal de Jesus, a humanidade desumanizar-se-ia, a começar pela própria família e pelas crianças", alerta.
Também D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, se debruça sobre o significado da festa em que Cristo nasceu. "As festas, as luzes, as prendas, a reunião da família e os votos de solidariedade e paz exprimem o verdadeiro sentido da fé no âmbito da nossa cultura cristã, ou, por outro lado, revelam um hábito social em que nos festejamos uns aos outros, sem haver o Festejado?", pergunta.
D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, opta por lançar apelos à solidariedade, em especial às famílias cristãs: "Falemos e operemos em nome dos mais pobres. Montaremos, assim, no presépio um 'berço' para o Natal da igualdade e dignidade, da justiça e da paz para todos", desafia.
O Bispo de Viana do Castelo, D. José Pedreira, alarga os horizontes e assinala que "a nossa consciência cristã interpela-nos a ter presentes as vítimas de todas as formas de agressão, da guerra, de todas as guerras, do Médio Oriente como da África, e a suplicar o Dom da Paz".
"O Natal de 2006 sugere-nos atitudes e actos conscientes de apreço e felicidade perante a beleza do dom da vida, e tristeza e rejeição em todas as situações em que ela é sacrificada", acrescenta








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