2006-12-12 17:53:49

RELIGIÕES UNIDAS NA AUSTRÁLIA CONTRA AQUECIMENTO GLOBAL


Sydney, 06 dez (RV) - Dezesseis diferentes orientações religiosas australianas se unem, para combater o aquecimento global do Planeta. Católicos, anglicanos, luteranos, muçulmanos, judeus, budistas, sikhs e hinduístas, entre outros, criaram um grupo e apresentaram um documento que visa convencer os governos federal e local a assumirem um papel mais ativo na busca de soluções para as mudanças climáticas.

O documento, intitulado "Common beliefs" (Crenças comuns), baseando-se em pesquisas científicas, é considerado a coletânea mais completa do pensamento religioso contemporâneo sobre transformações climáticas. Os signatários afirmam que a destruição voluntária da criação divina é um pecado e exortam os australianos a serem "custódios responsáveis do planeta Terra e a enfrentarem rapidamente a crise climática".

"Teremos que responder a Deus pelos efeitos que nossas ações de hoje terão sobre o mundo e as gerações futuras" _ escrevem. "Assim sendo, devemos ficar satisfeitos em assumir os custos adicionais para desenvolver energias alternativas."

O grupo afirma que é um imperativo moral que indivíduos e governos assumam seus papéis, no que diz respeito à redução das emissões de gás. Isso inclui leis mais duras, para os que poluem mais, maiores incentivos para as fontes de energia renováveis, e maior consideração para com as nações mais pobres, que sofrerão antes das outras, os efeitos do aquecimento global.

Segundo o bispo anglicano de Canberra e Goulburn, Dr. George Browning, "se os cristãos acreditam em Jesus, devem admitir que a preocupação com as mudanças climáticas não é um "extra", mas uma questão central da fé". "A opção da Igreja e seu compromisso em erradicar a pobreza seriam vãos, se não se enfrentasse a questão das mudanças climáticas."

O bispo continua, convidando os fiéis a reduzirem o uso da calefação e do ar condicionado, a usar lâmpadas de baixo consumo e a instalar cisternas para recolher a água pluvial.
 Já a Federarão Australiana dos Conselhos Islâmicos exorta os muçulmanos a renunciarem, no que for possível, ao automóvel, em favor dos transportes públicos, e a reduzirem o uso de produtos descartáveis, além de adotarem tecnologias alternativas. (CM)







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