RELIGIÕES UNIDAS NA AUSTRÁLIA CONTRA AQUECIMENTO GLOBAL
Sydney, 06 dez (RV) - Dezesseis diferentes orientações religiosas australianas
se unem, para combater o aquecimento global do Planeta. Católicos, anglicanos, luteranos,
muçulmanos, judeus, budistas, sikhs e hinduístas, entre outros, criaram um grupo e
apresentaram um documento que visa convencer os governos federal e local a assumirem
um papel mais ativo na busca de soluções para as mudanças climáticas.
O documento,
intitulado "Common beliefs" (Crenças comuns), baseando-se em pesquisas científicas,
é considerado a coletânea mais completa do pensamento religioso contemporâneo sobre
transformações climáticas. Os signatários afirmam que a destruição voluntária da criação
divina é um pecado e exortam os australianos a serem "custódios responsáveis do planeta
Terra e a enfrentarem rapidamente a crise climática".
"Teremos que responder
a Deus pelos efeitos que nossas ações de hoje terão sobre o mundo e as gerações futuras"
_ escrevem. "Assim sendo, devemos ficar satisfeitos em assumir os custos adicionais
para desenvolver energias alternativas."
O grupo afirma que é um imperativo
moral que indivíduos e governos assumam seus papéis, no que diz respeito à redução
das emissões de gás. Isso inclui leis mais duras, para os que poluem mais, maiores
incentivos para as fontes de energia renováveis, e maior consideração para com as
nações mais pobres, que sofrerão antes das outras, os efeitos do aquecimento global.
Segundo
o bispo anglicano de Canberra e Goulburn, Dr. George Browning, "se os cristãos acreditam
em Jesus, devem admitir que a preocupação com as mudanças climáticas não é um "extra",
mas uma questão central da fé". "A opção da Igreja e seu compromisso em erradicar
a pobreza seriam vãos, se não se enfrentasse a questão das mudanças climáticas."
O
bispo continua, convidando os fiéis a reduzirem o uso da calefação e do ar condicionado,
a usar lâmpadas de baixo consumo e a instalar cisternas para recolher a água pluvial. Já
a Federarão Australiana dos Conselhos Islâmicos exorta os muçulmanos a renunciarem,
no que for possível, ao automóvel, em favor dos transportes públicos, e a reduzirem
o uso de produtos descartáveis, além de adotarem tecnologias alternativas. (CM)