A PROFUNDA PREOCUPAÇÃO DO PAPA PELA POSSIBILIDADE DE NOVAS ONDAS DE VIOLÊNCIA NO ORIENTE
MÉDIO
Cidade do Vaticano, 10 dez (RV) - Após a oração mariana do Angelus desta manhã,
o Santo Padre fez um premente apelo em favor da paz no Oriente Médio: "Acompanho com
profunda preocupação, o que está acontecendo no Oriente Médio, onde, entre frágeis
sinais de solução da crise na região, se alternam momentos de tensão e de dificuldades,
que deixam entrever novas ondas de violência."
Nesse ponto, fez uma menção
especial ao Líbano, em cujas terras viveram e vivem juntos, homens de diferentes culturas
e religiões. Compartilhando as fortes apreensões do patriarca de Antioquia dos Maronitas,
no Líbano, Cardeal Nasrallah Pierre Sfeir, e dos bispos maronitas, no recente comunicado
que divulgaram, o Papa exortou: "Juntamente com eles, peço aos libaneses e a seus
responsáveis políticos, que tenham em mente exclusivamente o bem do país e a harmonia
de suas comunidades; que trabalhem pela unidade, que é responsabilidade de todos e
requer esforços pacientes e perseverantes, além de um diálogo confiante e permanente."
O
Santo Padre solicitou também à comunidade internacional, que busque urgentes soluções
pacíficas, necessárias ao Líbano e ao Oriente Médio. Enfim, convidou todos a rezarem
por este grave momento.
Ao meio-dia deste domingo, o Santo Padre assomou à
janela de seus aposentos, no último andar da residência apostólica vaticana, para
rezar, juntamente com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, a habitual
oração mariana do Angelus.
Na alocução que precedeu a oração, o papa comentou
a visita que fizera, durante a manhã, à paróquia dedicada a Santa Maria Estrela da
Evangelização, num bairro da periferia sul da capital italiana.
Foi a terceira
paróquia que o papa visitou, na qualidade de Bispo de Roma, desde o início do seu
pontificado. Durante a visita, após a celebração da santa missa, Bento XVI inaugurou
a nova igreja, consagrando-a a Santa Maria, Estrela da Evangelização.
"Nestes
dias, a liturgia nos recorda _ disse o papa, na alocução que precedeu o Angelus _
continuamente, que "Deus vem" visitar o seu povo, para habitar entre os homens, formando
com eles, uma comunhão de amor e de vida, ou seja, uma família".
Referindo-se
à nova igreja, que inaugurara durante a manhã, o Santo Padre refletiu: "A igreja material
é sinal concreto da Igreja comunitária, formada de pedras vivas, que são os fiéis,
imagem tão querida pelos santos apóstolos Pedro e Paulo. Eles colocam Cristo como
pedra fundamental do templo espiritual. Assim, também nós somos chamados a participar
da edificação deste templo."
Portanto, acrescentou o Papa, preparar-se para
o Natal significa colaborar para a edificação da "habitação de Deus" entre nós, contribuindo
para que essa casa de comunhão seja bonita e espaçosa. Essa casa será concluída no
fim dos tempos e se tornará a "Jerusalém celeste".
"O Advento nos convida a
voltar nosso olhar para a Jerusalém celeste, que será o fim da nossa peregrinação
terrena. Mas, nos exorta ainda, a nos prepararmos com a oração, a conversão e as boas
obras, a acolher Jesus na nossa vida. Com Ele, construiremos esse edifício espiritual
do qual, cada um de nós _ famílias e comunidades _ é uma pedra preciosa."
O
pontífice concluiu sua alocução, afirmando que, dentre todas as pedras que formam
a Jerusalém celeste, certamente Nossa Senhora é a pedra mais esplendente e preciosa.
(MT)