2006-12-07 13:04:14

“Todas as religiões estão em perigo quando uma delas é vítima de preconceitos”: adverte o representante da Santa Sé na reunião da OSCE


“Todas as religiões estão em perigo quando uma delas é vítima de preconceitos e estereótipos” – advertiu o novo Secretário da Santa Sé para as relações com os Estados, Arcebispo Dominique Mamberti, intervindo há dias em Bruxelas, no 14º Conselho ministerial da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), que engloba 56 Estados do continente europeu (incluindo a Turquia). O prelado que exerce na prática funções de “ministro dos negócios estrangeiros” do Vaticano manifestou a sua preocupação relativamente aos efeitos dos preconceitos que existem em relação às religiões no espaço europeu.”.
D. Mamberti sublinhou que no mundo actual, sujeito a constantes mudanças, são cada vez mais necessários o diálogo e a tolerância. Nesse sentido, pediu que não sejam minimizados os efeitos da falta de reconhecimento ou da intolerância em relação às religiões”. Numa alusão ao assassínio, meses atrás, na Turquia, do padre Andrea Santoro, da diocese de Roma), acrescentou o representante da Santa Sé: “Não podemos esquecer que na zona da OSCE foi assassinado um padre católico e que muitos cristãos foram vítimas de violência e agressões”. "Como podem as religiões promover respeito e compreensão com autoridade e eficácia se elas também são vítimas de estereótipos e preconceitos?", perguntou.
A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa foi ainda desafiada a dar uma “resposta eficaz” ao problema do terrorismo e às questões das migrações e da segurança energética. D. Mamberti deixou um apelo em favor das vítimas do tráfico de seres humanos, em especial para a exploração sexual de menores, pedindo uma abordagem mais “centrada sobre as vítimas”.
O chefe da delegação vaticana lembrou que, na sua recente viagem à Turquia, Bento XVI falou sobre o papel importante da fé nas sociedades. "A Santa Sé espera que este conhecimento e este respeito apareçam com transparência e honestidade no trabalho que a OSCE e as suas instituições desenvolvem", concluiu.








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