Pequim, 30 nov (RV) - Pequim confirmou, nesta quinta-feira, que a Justiça chinesa
ordenou a execução de três membros de uma Igreja protestante, acusados de assassinato.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Jiang Yu, ressaltou tratar-se
de um "caso criminal, sem nenhuma relação com a crença religiosa".
Segundo
informações fornecidas anteriormente pela organização "China Aid Association", com
sede nos Estados Unidos, três membros da seita cristã "Três tipos de serviço", proscrita
na China, haviam sido executados na última semana. Os três haviam sido julgados por
um tribunal da província de Heilongjiang, acusados de fraude, e do assassinato de
20 membros de outro grupo cristão, denominado "Iluminação do Oriente".
Os advogados
acusam as autoridades de terem obtido as confissões mediante tortura, uma prática
ilegal muito difundida na China, cuja existência é reconhecida por Pequim.
Organizações
de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional, denunciam a aplicação
da pena de morte na China, apontando cerca de duas mil execuções. Outras organizações
não-governamentais sustentam que esse número pode chegar a oito mil. (JK)