2006-12-01 12:36:29

Atenção aos que têm sede de justiça, de paz, de dignidade, de consideração por si mesmos e pelos irmãos: Bento XVI na homilia da Missa na Catedral católica do Espirito Santo em Istambul


(1/12/2006)- RV) “A Igreja não quer impor nada a ninguém. Pede apenas poder viver livremente, para revelar Aquele que ela não pode esconder: Cristo Jesus, que nos amou até ao fim sobre a Cruz e que nos deu o seu Espírito, presença viva de Deus no meio de nós e no mais íntimo de nós próprios. Sede sempre acolhedores ao Espírito de Cristo. Para tal, tornai-vos atentos àqueles que têm sede de justiça, de paz, de dignidade, de consideração por si mesmos e pelos irmãos”:
Palavras de Bento XVI, quase a concluir a homilia da última celebração da sua viagem à Turquia, nesta sexta de manhã, na catedral católica do Espírito Santo, em Istambul. Esclarecimento dirigido aos não cristãos e exortação dirigidas aos fiéis católicos, nesta Eucaristia em que participaram também o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I, o Patriarca Arménio Apostólico, o Metropolita Siro-ortodoxo e representantes das Igrejas Protestantes.
Comentando as leituras da Missa, com a profissão de fé de Pedro, em Cesareia de Filipo, quando Jesus lhe diz “Feliz és tu… porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram isto, mas o meu Pai que está nos céus, observou Bento XVI:
“Sim, felizes nós quando o Espírito Santo nos abre à alegria de acreditar e quando nos faz entrar na grande família dos cristãos, a sua Igreja… ‘É o mesmo Deus que age em todos’. ‘Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito em vista do bem de todos’. Manifestar o Espírito, viver segundo o Espírito, não é viver apenas para si, mas sim aprender a conformar-se ao próprio Cristo Jesus, tornando-se, ao seu seguimento, servo dos irmãos. Aqui está um ensinamento bem concreto para cada um de nós”.
“Há vinte e sete anos, nesta mesma catedral, o meu predecessor o Servo de Deus João Paulo II fazia votos de que a alba do novo milénio se pudesse ‘levantar sobre uma Igreja que reencontrou a sua plena unidade para melhor testemunhar, no meio das tensões exacerbadas deste mundo, o amor transcendente de Deus, manifestado no seu Filho Jesus Cristo.
“Estes votos ainda se não realizaram, mas o desejo do Papa continua a ser o mesmo, e nos impulsiona - a todos nós, discípulos de Cristo, que avançamos com nossas lentidões e pobrezas no caminho em direcção à unidade – a agir incessantemente em vista do bem de todos, colocando no primeiro lugar das nossas preocupações eclesiais a perspectiva ecuménica. Viveremos então verdadeiramente segundo o Espírito de Jesus, ao serviço do bem de todos”








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